INÍCIO

30 abril 2015

A IMAGEM DA FELICIDADE


Tecido de felicidade



Todas as pessoas que conhecemos, de uma forma ou de outra estão ligadas e se ligam a nos num tecido como na lineatura de um tecido, perfazendo o tecido social. Essas pessoas aproximam- nos um pouco mais do próximo passo das nossas vidas. Elas desempenham um importante papel e nossa existência 
Assim, nada existe sem uma dose (rede) de contatos; é uma rede de contatos. Logo devemos nos misturar nesse tecido social para interagirmos. Desta forma, os encontros, as reações acontecerão com maior rapidez e sucesso. Nesses contatos e nessas redes sociais devemos levar a voz, a cor e a imagem do nosso povo (de onde viemos) para todos que genuinamente se aproximarem da arte, possam se beneficiar e evoluir. Logo, cada saber, deve servir para que aumente a nossa felicidade e a felicidade do mundo. Nessas redes algumas pessoas podem se encontrar momentaneamente mais longe fisicamente de suas casas, de seus países, de seu local de origem. Admitindo que saíram em busca da felicidade. Se construíram um novo lar, que seja permitido a elas a felicidade nesse novo lugar. Mas se desejarem voltar que possam voltar para a construção desse local de origem. E é nisso que consiste ser cidadão do mundo. Nunca devemos negligenciar o aprendizado pois para termos sucesso devemos partir com as "malas cheias". Cheias de vontade de aprender, cheias de ensinamentos e técnicas para doar-ensinar e transmitir para quem quiser e se aproximar e assim contribuir para a evolução humana.




29 abril 2015

IMAGENS CIENTÍFICAS E ESTÉTICAS



A IMAGEM DECOMPOSTA EM COR

A Cor 


Vemos cores 
Um pequeno espectro do mundo que nos rodeia. 
Uma ínfima fresta pela qual interagimos com o que importa. Amamos pelas cores, odiamos certas cores, temos preconceito por algumas cores, lutamos sob determinadas cores, associamos cores a nossos estados interiores. Nos associamos pela cor da pele. Discriminamos pessoas pela cor. É triste. 
Mas lá no fundo talvez nem queiramos saber... 
A matéria, os átomos e moléculas não tem cores. 
Nosso mundo pintado pela nossa visão deu nome as cores. 
E assim ficou mais cheio de sentido. Mas também cheio de dor e mágoa, complexo. 
Devemos aprender a amar todas as cores para que a felicidade seja completa! 







AVENTURA DA FORMA CINTILANTE

IMAGENS DE PRAZER-DOR










Leitura: Texto de MARK GREIF, publicado na revista PIAUÍ Ed. 127 (2017).

ABAIXO A ACADEMIA
O que a malhação tem feito com a nossa ideia de corpo

"A prática moderna do exercício físico permite que reconheçamos a máquina que opera dentro de nós. Não há nada como uma academia moderna para nos fazer acreditar que sentimos saudade da labuta nas fábricas. A alavanca da prensa de estampagem não comanda mais o trabalho. Com o advento da academia, porém, importamos para nosso lazer vestígios remanescentes de equipamentos industriais. Saímos do escritório, subimos na esteira rolante e corremos como se perseguidos por demônios. Enfiamos voluntariamente nossas pernas na prensa e submetemos nossos braços retesados à engrenagem. É crucial que os equipamentos sejam simples. Planos inclinados, pinos, alavancas, roldanas, travas, manivelas, cremalheiras e correias da máquina de musculação Nautilus ou dos equipamentos para exercícios aeróbicos põem à nossa disposição antigos estágios do progresso tecnológico, só que em miniatura. Os elementos são visíveis e inteligíveis, sabemos usá-los, mas não representam perigo para nós. Deslocados e neutralizados, constituem resquícios de uma necessidade que não precisa mais ser suprida com antevisão ou engenho. No passado, fazendeiros já recorriam a roldana, cabo e barra para erguer a viga do telhado; hoje, nós nos valemos dos mesmos meios para exercitar os músculos dorsais."




O fluxo das imagens 


Meu amigo está correndo atrás de uma imagem fugaz, fugidía...Seus esforços são na tentativa de ficar com o corpo perfeito. Mas o que é a perfeição se não um conceito inatingível, inalcançável? A forma, o simulacro de uma espécie. Uma longa jornada para um lugar que ninguém sabe qual é. Biológico, estético, psicológico, sociológico, econômico (?)... Aí surge um espectro: a vigorexia, que surge quando, mesmo possuindo um corpo musculoso, se acha flácido e magro. 
Não somos máquinas, embora o funcionamento de um corpo possa ser comparado ao de uma máquina com suas engrenagens e sua mecânica. 
Somos vida, somos bioquímica e fisiologia. 

Todos estamos numa corrida, numa perseguição da forma clássica grega.
A estátua helenística de um atleta olímpico!
Não importa que caminho tomamos, queremos chegar lá, na luz da forma, na forma brilhante e radiante.
Uns com o método químico que altera a forma como um Proteus "omnifórmico" congelado na forma de um κούρος, kourós, que bebeu da fonte da juventude eterna, onde nem Cronos tem domínio.
Ledo engano. O tempo é Deus, e se não o é faz parte de sua essência.   

A dor é a companheira do menino-imagem todos os dias, a dor é o caminho, a única via de agarrar e se apossar de uma imagem aceita por todos.
Mas a forma não se deixa agarrar, nem permite-nos fixar seus limites. 


O desejo da forma 
A tortura da perseguição implacável. 

Como o texto inicial diz, a academia é o local de uma autoregulação feita no público.
Mas mais importante ainda é o que vemos na academia. Vemos a forma em diferentes estados de uma suposta evolução.
A imagem que alimenta nosso ideal de corpo.
A forma que se deteriora no tempo.
A imagem inspira a busca.
A imagem do outro como ápice da busca, não o outro em si, mas o que vemos do outro. Uma espécie de espelho que devolve uma imagem embaçada.
Pavimenta o caminho para a forma desejada e sempre perdida.
Nos espelhos das academias vemos nosso próprio corpo comparado com os corpos que buscam a aceitação.
Vemos o lado de dentro expresso na fachada.
Mas fica a dúvida adiada pela felicidade momentânea da forma cristalina e cintilante...
A vida adiada, e a duração abreviada.
Nunca saberemos quando dizer adeus pela última vez.
E eu nem sei porque.