INÍCIO

21 junho 2025

A VIDA HUMANA

 NOSSA VIDA IMPORTA



Teorias sobre a Existência de Homossexualidade em Humanos e Animais

A homossexualidade é observada tanto em humanos quanto em diversas espécies animais, desafiando explicações puramente reprodutivas da evolução. Várias teorias tentam explicar sua persistência ao longo da evolução, combinando perspectivas biológicas, genéticas, sociais e adaptativas. 


1. Teorias Biológicas e Genéticas

A) Hipótese do "Gene Social" (Seleção de Parentesco / Kin Selection)

• Propõe que indivíduos gays podem aumentar sua aptidão evolutiva (adaptação inclusiva) indiretamente, ajudando parentes próximos a sobreviver e reproduzir (ex.: "tio gay" que apoia os pais a criar os sobrinhos). 

• Evidência: Estudos em sociedades tradicionais mostram que homens gays muitas vezes contribuem mais com recursos para a família, o que evita a desnutrição em tempos de escassez.

B) Efeito do Ordem de Nascimento Fraterno

• Observa-se que homens com irmãos mais velhos têm maior probabilidade de serem gays, possivelmente devido a respostas imunes maternas durante gestações repetidas. 

• Evidência: Estatisticamente verificável, mas não explica todos os casos.

C) Influência Hormonal Pré-Natal

• A exposição a hormônios específicos no útero pode afetar a orientação sexual, influenciando o desenvolvimento cerebral. 

• Evidência: Animais com alterações hormonais durante a gestação podem apresentar comportamentos homossexuais, todavia não explica todos os casos.


2. Teorias Evolutivas e Sociais

A) Alianças e Coesão de Grupo

• Em primatas (como bonobos), comportamentos homossexuais reforçam laços sociais e reduzem conflitos. 

• Evidência: A bissexualidade é comum em espécies altamente sociais.

B) "Balanceamento de Seleção" (Overdominance)

• Genes associados à homossexualidade podem conferir vantagens em heterossexuais (ex.: maior fertilidade em mulheres parentes de homens gays). 

• Evidência: Estudos italianos mostraram que mães e tias de homens gays tendem a ter mais filhos, o que aumentaria esse conjunto genético na população.

C) Neutralidade Evolutiva

• Se a homossexualidade não prejudica drasticamente a reprodução, pode persistir sem pressão seletiva forte. 

• Evidência: Nem todos os indivíduos precisam se reproduzir para a sobrevivência do grupo ou de grupos com um pool gênico em comum.


3. Teorias em Animais

• Função Social: Tem sido observado que comportamento homossexuais em pinguins, golfinhos e primatas em geral, interações homossexuais fortalecem parcerias e hierarquias. 

• Excesso de População: Em algumas espécies, regula a competição por parceiros. 

• Plasticidade Comportamental: Nem todo comportamento sexual tem função reprodutiva (ex.: monta por dominância em cervos. Cervos dominantes montam em cervos machos jovens e cervos adultos de hierarquia inferior).

Nenhuma teoria explica totalmente a existência e a persistência da homossexualidade ou homoafetividade, mas combinando genética, epigenética e fatores sociais, entende-se que ela pode surgir de múltiplas formas, muitas vezes com funções adaptativas indiretas. 
Em animais, seu papel na coesão grupal sugere que a evolução não favorece apenas traços reprodutivos diretos, mas também estratégias que beneficiam a coletividade. 

A homossexualidade pode não aumentar a reprodução individual ou maximizar a passagem de um arranjo genético para a próxima geração, mas em muitos casos, favorece a sobrevivência do grupo, o que aumenta o número de cópias desses genes nas populações, seja por alianças, cuidados compartilhados ou harmonia social.

Assim, como é um fenômeno natural, deve-se proteger toda a diversidade que exista dentro das populações, tanto eticamente quanto pelo valor que esse traço ou característica, acrescenta na adaptação das espécies.  













Antinous 














20 junho 2025

HOROLOGION DE ANDRONICUS

RELÓGIO HIDRÁULICO DE ANDRÔNICO CIRRISTO
ΥΔΡΑΥΛΙΚΟ ΩΡΟΛΟΓΙΟ ΤΟΥ ΑΝΔΡΟΝΙΚΟΥ ΚΥΡΡΗΣΤΟΥ

Para a história completa clique AQUI

Torre octogonal (comprimento lateral de 3,20 m) com três degraus, feita de mármore pentélico. Possui cobertura cônica, e uma extensão cilíndrica na face sul e dois propileus coríntios a nordeste e noroeste.

Οκταγωνικός πύργος (πλευρά μήκους 3,20μ.) πάνω σε τρεις βαθμίδες, από πεντελικό μάρμαρο. Έχει κωνική στέγη, κυλινδρικό πρόσκτισμα στη νότια πλευρά και δύο κορινθιακά πρόπυλα στα ΒΑ και στα ΒΔ.






RELÓGIO HIDRÁULICO DE ANDRÔNICO CIRRISTO

Torre octogonal (comprimento lateral de 3,20 m) com três degraus, feita de mármore pentélico. Possui cobertura cônica, extensão cilíndrica na face sul e dois propileus coríntios a nordeste e noroeste.

O Relógio Hidráulico de Andrônico de Cirro (Torre dos Ventos)
Data de publicação: 1682   
WHELER, George. A Journey into Greece… In Company of Dr. Spon of Lyons. In six books. Containing I…, II…, III…, IV…, V…, VI… Londres, William Cademan, Robert Kettlewell e Awnsham Churchill, 1682.  

Foi construído pelo astrônomo Andrônico de Cirro (Macedônia) na primeira metade do século I a.C. Na parte superior de cada lado, estão representados em relevo os ventos, com seus símbolos e nomes gravados. Externamente, havia relógios solares, enquanto internamente funcionava um relógio hidráulico.  

A Torre dos Ventos foi transformada no período paleocristão em uma igreja ou batistério de alguma igreja vizinha, enquanto no espaço fora da entrada nordeste havia um cemitério cristão. No século XV, o monumento é mencionado por Ciríaco de Ancona como o “Templo de Éolo”, e em uma descrição de viagem de um peregrino anônimo como uma igreja. No século XVIII, foi usado como um tekke (mosteiro) dos Dervixes.  


Notas
Andrônico de Cirro foi um astrônomo e engenheiro macedônio que construiu a Torre dos Ventos em Atenas, um relógio hidráulico com representações dos oito ventos gregos.  
Ciríaco de Ancona foi um humanista e viajante italiano que documentou antiguidades gregas no século XV.  
Tekke dos Dervixes refere-se a um local de culto sufista durante o período otomano.  

O Horologio Hidráulico de Andronikos Kyrrhistos (Aerides) em Atenas. Data de publicação 1835 Publicado por POUQUEVILLE, François-Charles-Hugues-Laurent. Grécia, Paris, Firmin Didot, MDCCCXXXV [=1835].

Dança dos Dervixes no Relógio Hidráulico de Andrônico de Cirro (Torre dos Ventos) que funcionava como um tekke (local de culto) dos Dervixes. Da cúpula pendiam dezesseis ovos de avestruz, para afastar o mau-olhado. A imagem retrata a fase final da dança dos Dervixes, na qual os dois dançarinos principais giram em transe, segurando um ao outro pelo cinto. Vestido com trajes verdes e um turbante branco, o xeique (ou líder dos Dervixes) animava os dançarinos ao som de címbalos.  

Data de publicação: 1819  
Publicação: DODWELL, Edward. Views in Greece, from Drawings by Edward Dodwell Esq. F.S.A &c., Londres, Rodwell and Martin, 1819.  

Contexto e Observações
- A Torre dos Ventos (século I a.C.), originalmente um relógio hidráulico, foi mais tarde usada como tekke (local de reunião e dança ritual dos Dervixes, uma ordem sufista).  
- Os ovos de avestruz eram um amuleto comum contra inveja e energias negativas no mundo islâmico e otomano.  
- A dança giratória dos Dervixes (semelhante à dos Mevlevis) era uma prática espiritual destinada a alcançar êxtase religioso.  
- Edward Dodwell foi um viajante e artista britânico que documentou a Grécia no século XIX, incluindo locais históricos sob domínio otomano.  

O Relógio Hidráulico de Andrônico de Cirro (Torre dos Ventos). Planta do monumento. Data de publicação:1745  

POCOCKE, Richard. A Description of the East, and some other Countries, Vol. II. Part I. Observations on Palaestine or the Holy Land, Syria, Mesopotamia, Cyprus, and Candia. Vol. II. Part II. Observations on the Islands of the Archipelago, Asia Minor, Thrace, Greece, and some other Parts of Europe…, vol. II, Londres, W. Bowyer, 1745.  

Contexto
- Richard Pococke foi um viajante e estudioso britânico do século XVIII que documentou monumentos antigos em suas expedições pelo Oriente e pela Grécia.  
- A Torre dos Ventos (construída no século I a.C. por Andrônico de Cirro) era um relógio hidráulico e meteorológico em Atenas, com relevos representando os oito ventos gregos.  
- A planta do monumento mostra sua estrutura octogonal e detalhes arquitetônicos, incluindo possíveis marcas de relógios solares e mecanismos hidráulicos.  

Το Υδραυλικό Ωρολόγιο του Ανδρονίκου Κυρρήστου (Αέρηδες).
Χρονολογία έκδοσης1682ΈκδοσηWHELER, George. A Journey into Greece… In Company of Dr Spon of Lyons. In six books. Containing I…, II…, III…, IV…, V…, VI…, Λονδίνο, William Cademan, Robert Kettlewell and Awnsham Churchill, 1682.
Κτίσθηκε από τον αστρονόμο Ανδρόνικο από την Κύρρο της Μακεδονίας στο πρώτο μισό του 1ου αιώνα π.Χ. Στο πάνω μέρος κάθε πλευράς εικονίζονται ανάγλυφα οι άνεμοι με τα σύμβολά τους και τα ονόματά τους χαραγμένα. Εξωτερικά υπήρχαν ηλιακά ρολόγια, ενώ εσωτερικά λειτουργούσε υδραυλικό ρολόι.
Ο πύργος των Ανέμων μετατράπηκε την παλαιοχριστανική εποχή σε εκκλησία ή σε βαπτιστήριο κάποιας γειτονικής εκκλησίας, ενώ στο χώρο έξω από την ΒΑ είσοδο υπήρχε χριστιανικό κοιμητήριο. Το 15ο αιώνα το μνημείο αναφέρεται από τον Κυριακό εξ Αγκώνος ως ναός του Αιόλου, ενώ σε ταξιδιωτική περιγραφή ανώνυμου περιηγητή ως εκκλησία. Το 18ο αιώνα χρησιμοποιήθηκε ως τεκές των Δερβίσηδων.


Το Υδραυλικό Ωρολόγιο του Ανδρονίκου Κυρρήστου (Αέρηδες) στην Αθήνα. Χρονολογία έκδοσης 1835 Έκδοση POUQUEVILLE, François-Charles-Hugues-Laurent. Grèce, Παρίσι, Firmin Didot, MDCCCXXXV [=1835].

Χορός των Δερβίσηδων στο Υδραυλικό Ωρολόγιο του Ανδρονίκου Κυρρήστου (Αέρηδες) που λειτουργούσε ως τεκές (λατρευτικός χώρος) των Δερβίσηδων. Από την οροφή κρέμονται δεκαέξι αυγά στρουθοκαμήλου, για να αποτρέψουν το κακό μάτι. Απεικονίζεται η τελική φάση του χορού των Δερβίσηδων, κατά την οποία οι δύο κύριοι χορευτές στροβιλίζονται κρατώντας ο ένας τον άλλο από τη ζώνη. Με πράσινη ενδυμασία και λευκό τουρμπάνι, ο σεΐχης ή επικεφαλής των Δερβίσηδων, ο οποίος εμψύχωνε τους χορευτές κρούοντας το κύμβαλο. Χρονολογία έκδοσης 1819 Έκδοση DODWELL, Edward. Views in Greece, from Drawings by Edward Dodwell Esq. F.S.A &c., Λονδίνο, Rodwell and Martin, 1819.

Το Υδραυλικό Ρολόι του Ανδρονίκου Κυρρήστου (Αέρηδες). Κάτοψη του μνημείου. Χρονολογία έκδοσης 1745 Έκδοση POCOCKE, Richard. A Description of the East, and some other Countries, Vol. II. Part I. Observations on Palaestine or the Holy Land, Syria, Mesopotamia, Cyprus, and Candia. Vol. II. Part II. Observations on the Islands of the Archipelago, Asia Minor, Thrace, Greece, and some other Parts of Europe…, τ. II, Λονδίνο, W. Bowyer, MDCCXLV [=1745].

Vista do Relógio Hidráulico de Andronikos Kyrristos (Torre dos Ventos).
Όψη του Υδραυλικού Ρολογιού του Ανδρονίκου Κυρρήστου (Πύργος των Αέρηδων).

Seção de elevação do Relógio Hidráulico de Andronikos Kyrristos (Torre dos Ventos). 1762
Τομή καθ' ύψος του Υδραυλικού Ρολογιού του Ανδρονίκου Κυρρήστου (Πύργος των Αέρηδων). 1762

A Ágora de Atenas durante o período romano - Foto.
Η Αγορά των Αθηνών την ρωμαϊκή περίοδο -Φωτ.

Vista do interior do Aerides



Vista de como era a Torre dos Ventos no passado.








Vista de Atenas alguns anos antes da Revolução. Edward Dodwell. O arqueólogo e viajante inglês Dodwell visitou a Grécia entre 1801 e 1806 e pintou cerca de 400 paisagens. Biblioteca Nacional da França.

Άποψη της Αθήνας λίγα χρόνια πριν από την Επανάσταση. Edward Dodwell. Ο Άγγλος αρχαιολόγος και περιηγητής Dodwell επισκέφθηκε την Ελλάδα στην περίοδο 1801-1806 και ζωγράφισε περί τα 400 τοπία. Bibliothèque Nationale de France.







Fonte













A FORMA UBÍQUA

 A FORMA NA VIDA E NA ARTE 






I.

A capacidade da forma humana de despertar desejo erótico é um fenômeno complexo, influenciado por fatores biológicos, psicológicos, culturais e evolutivos. A seguir, tentarei explicar as principais razões.

1. Biologia e Evolução
Atração Reprodutiva
• O desejo sexual está ligado aos instintos de sobrevivência e reprodução. Características como simetria facial, proporções corporais e sinais de fertilidade (como curvas femininas ou força masculina) ativam respostas inconscientes. 
• Hormônios como testosterona e estrogênio influenciam a libido e a percepção de atratividade. 

Sinais de Saúde e Vigor
• Traços como pele saudável, cabelos brilhantes e postura ereta sinalizam boa genética e imunidade, tornando o corpo mais desejável.

2. Psicologia e Neurologia
Recompensa Cerebral
• A visão de um corpo atraente ativa o sistema de recompensa do cérebro (como a liberação de dopamina), criando prazer e motivação sexual. 
• Estudos mostram que áreas como o núcleo accumbens (ligado ao prazer) e o córtex visual respondem intensamente a estímulos eróticos. 

Fantasia e Imaginação
• A mente humana associa o corpo nu ou seminu a possibilidades de prazer e intimidade, mesmo sem contato físico. 
• A proximidade emocional ou proibição (como em tabus) pode intensificar o desejo. 

3. Cultura e Sociedade 
Padrões de Beleza
• Cada sociedade valoriza traços específicos (como músculos definidos, quadris largos ou pele clara/escura), moldando o que é considerado "erótico". 
• A mídia e a arte (da pintura renascentista ao cinema) erotizam certas formas corporais. 

Simbologia e Fetiches
• Partes do corpo (como seios, coxas, peitoral, glúteos, ou costas) podem adquirir carga sexual mesmo sem função reprodutiva direta, devido a associações culturais. 
• Fetiches (pés, mãos, voz) surgem de experiências pessoais ou condicionamentos. 

4. Sensorial e Multimodalidade
Integração de Sentidos
• O desejo não é apenas visual. Toque, cheiro (feromônios), voz e até movimentos (como dança) amplificam a excitação. 
• O cérebro combina esses estímulos para criar respostas eróticas complexas. 

5. Teorias Psicanalíticas e Arquetípicas
Freud e o Inconsciente
• Para Freud, o desejo erótico está ligado à libido e a pulsões reprimidas desde a infância. 
• O corpo do outro é um “objeto de desejo” que preenche carências simbólicas. 

Jung e os Arquétipos
• O animus (masculino) e a anima (feminina) representam projeções do ideal erótico interno. 
• Mitos (como Vênus ou Apolo) encarnam a beleza que desperta desejo. 

Por Que o Corpo Humano Excita? 
• Natureza: Instintos reprodutivos e sinais biológicos. 
• Mente: Prazer neurológico e fantasias. 
• Cultura: Padrões estéticos e simbolismos. 
• Sentidos: Combinação de visão, tato, olfato e movimento. 

O erotismo é uma dança entre biologia e significado, onde o corpo não é só carne, mas um símbolo de conexão, prazer e transcendência. 

Assim, pode se que o desejo erótico pela forma, que está inscrito em nossos genes, tenha componentes advindos do desejo pela estética.

II.

A relação entre desejo e arte é profunda e multifacetada, permeando desde a criação artística até a experiência do observador. Essa conexão pode ser analisada sob várias perspectivas:  

1. A Arte como Expressão do Desejo
Desejo como Matéria-Prima
• Muitos artistas transformam desejos reprimidos, paixões ou fantasias em obras. Exemplos:  
Eros na pintura (como as obras de Klimt ou os nus de Modigliani).  
• Literatura erótica (como "O Amante de Lady Chatterley", de D.H. Lawrence).  
• Freud via a arte como uma sublimação do desejo sexual em formas socialmente aceitas.  

Arte como Fuga ou Realização
Artistas como Frida Kahlo (dor e desejo) ou Toulouse-Lautrec (vida boêmia) usaram a arte para explorar anseios pessoais e proibições sociais.  

2. A Arte como Objeto de Desejo
Fetiche e Colecionismo
Obras de arte podem ser desejadas por seu valor estético, status ou exclusividade (ex.: quadros de Picasso escandalizando ou sendo vendidos por milhões).  
 O corpo na arte (de Michelangelo a Helmut Newton) torna-se um fetiche cultural.  

A Experiência Sensorial
A arte excita os sentidos: a sensualidade de uma escultura de Rodin, a textura de uma tinta a óleo, ou a música de um tango argentino.  

3. O Desejo na Narrativa Artística
Mitologia e Arquétipos 
• Histórias de amor proibido (como "Romeu e Julieta") ou sedução (como "Salomé") são temas eternos na arte.  
• Figuras como Vênus, Dionísio ou a Femme Fatale representam o desejo em suas múltiplas formas.  

Tabu e Transgressão
Artistas como Caravaggio (erotismo sacro) ou Robert Mapplethorpe (fotografia homoerótica) desafiam normas, usando o desejo como arma de provocação.  

4. A Arte como Espelho do Inconsciente
Surrealismo e Fantasia
• Movimentos como o Surrealismo (Dalí, Magritte) exploram desejos oníricos e o irracional.  
• A arte abstrata (como Kandinsky) pode evocar **emoções e pulsões sem representação literal.  

Jung e os Símbolos 
O desejo na arte muitas vezes reflete arquétipos coletivos (a "sombra", o "animus/anima").  

5. O Corpo como Território de Desejo e Arte
Performance e Presença 
• Artistas como Marina Abramović usam o corpo para explorar **vulnerabilidade, intimidade e erotismo**.  
• A dança (ex.: balé "L'après-midi d'un faune" de Nijinsky) **fisicaliza o desejo**.  

Moda e Beleza 
Fotógrafos como Helmut Newton ou Steven Meisel erotizam a moda, borrando limites entre arte e desejo consumista.  

Como Desejo e Arte se Alimentam?
• Para o Artista: O desejo é combustível criativo (consciente ou não).  
• Para o Público: A arte provoca, excita ou questiona o desejo.  
• Para a Cultura: A arte registra e transforma as noções do que é desejável.  

A arte, em última análise, é um jogo entre a carne e o espírito, onde o desejo, seja ele romântico, sexual, de poder ou transcendência, encontra sua forma mais elevada (ou mais transgressora).