INÍCIO

29 junho 2024

PRIMEIRA MÉDICA

A PRIMEIRA MÉDICA GREGA

Agnodice de Atenas
Ἀγνοδίκη sec. IV a.C.


Placa de mármore representando Agnodice em ação. Escavada em Ostia, Itália.

Na Grécia antiga, as mulheres foram proibidas de estudar medicina durante vários anos, até que alguém infringisse a lei. 

A história de Agnodice

Agnodice foi uma mulher ateniense que nasceu no século IV a. C. Os primeiros relatos sobre sua vida foram feitos pelo escritor Gaius Iulius Hyginus, Caio Júlio Higino (64 a.C. – 17 d.C.). Os relatos dele, contam a história de uma mulher que tinha o desejo de aprender medicina, mas era impedida pela lei da época, onde mulheres e escravos eram proibidos de receber ensinamentos de médicos.

Agnodice, Hagnodice ou Agnodike, do grego antigo: Ἀγνοδίκη, Agnodikē, foi uma figura lendária considerada a primeira parteira ou médica da antiga Atenas. Sua história é contada pelo autor romano Gaius Julius Hyginus em suas Fabulae. Geralmente, não se acredita que Agnodice seja uma figura histórica, mas sua história foi divulgada tanto em apoio às mulheres que praticam a obstetrícia ou a medicina. Segundo Higino, Agnodice vivia na antiga Atenas, onde na época as mulheres eram proibidas de estudar e praticar medicina. Para aprender medicina, ela se disfarçou de homem, cortando o cabelo curto, e estudou com Herófilo em Alexandria. Tendo formação médica, Hagnodice tentou ajudar mulheres em trabalho de parto, que não consultavam médicos do sexo masculino por vergonha. Num caso, Hagnodice teve que revelar o seu sexo para que a mulher acreditasse que ela não era um homem e assim,  foi autorizada a tratar a mulher. Outros médicos, cada vez mais invejosos do sucesso de Hagnodice, acusaram-na de seduzir os seus pacientes. Em julgamento perante o Areópago, Hagnodice levantou suas roupas, revelando que era uma mulher. Ela foi acusada de violar a lei que proibia as mulheres de praticar medicina, mas foi defendida pelas esposas de importantes atenienses que ela tratou. Em resposta a isto, a lei foi alterada para permitir que as mulheres praticassem a medicina. Higino descreve Hagnodice como uma “obstetriz” É difícil saber como essa designação era entendida naquela época. Tem sido sugerido a tradução como “obstetra”, argumentando que existiam parteiras em Atenas na época de Hagnodice, mas que Agnodice se distinguia pela sua educação formal em medicina. No entanto, outros pesquisadores observam que não existia um “sistema formal de licenciamento” para médicos no mundo antigo, e que é anacrónico dividir os antigos curandeiros em categorias distintas de “parteira” e “obstetra”. Em vez disso, ela argumenta que a obstetriz latina é etimologicamente comparável à parteira hoje em dia e no mundo grego. 

Hyginus

Caio Júlio Higino, latim: Gaius Iulius Hyginus; Valência dos Edetanos, Hispânia, ca. 64 a.C. - Roma, 17) foi um escritor da Roma Antiga, discípulo de Alexandre, o Polímata e amigo de Sêneca. Segundo algumas fontes, seria natural da Península Ibérica, talvez de Valência dos Edetanos (Valentia Edetanorum). Denominado em muitas fontes "o liberto de Augusto", por seu humilde passado como escravo, conseguiu, com seu talento e saber, alcançar altos postos, conquistando o respeito da intelectualidade de sua época. Chegou a ser o encarregado da biblioteca do Templo de Apolo, no monte Palatino, onde ensinou filosofia. Esse respeito por sua obra durou até o século XVI.

Os relatos de Hyginus, contam a história de uma mulher que tinha o desejo de aprender medicina, mas era impedida pela lei da época, onde mulheres e escravos eram proibidos de receber ensinamentos de médicos.

Com isso, ela foi para Alexandria estudar na segunda maior escola médica da antiguidade. Para ser aceita ela cortou seu cabelo curto e passou a se vestir como homem, assim, podendo assistir às aulas. 

A sua motivação era de que as mulheres, na maioria das vezes, ficavam constrangidas com médicos homens para realizar seus partos e, em consequência, tinham seus filhos sozinhas e em consequência disso, morriam por essa resistência. Diante disso, várias pacientes defenderam-na e, com isso, os juízes modificaram a lei para que daquela data em diante, mulheres nascidas livres poderiam exercer a medicina.

Nascida em 300 a.C., Agnodice cortou o cabelo e ingressou na faculdade de medicina de Alexandria vestida de homem. Enquanto caminhava pelas ruas de Atenas depois de concluir a sua formação médica, ela ouviu os gritos de uma mulher em trabalho de parto. Porém, a mulher não queria que Agnodice a tocasse, embora ela estivesse com fortes dores, porque pensava que Agnodice era um homem. Agnodice provou que era mulher tirando a roupa sem que ninguém visse e ajudou a mulher a dar à luz.

A história logo se espalharia entre as mulheres e todas as mulheres doentes começaram a ir para Agnodice. Os médicos ficaram com inveja e acusaram Agnodice, que consideravam ser um homem, de seduzir pacientes do sexo feminino. No seu julgamento, Agnodice compareceu ao tribunal e provou que era mulher, mas desta vez foi condenada à morte por estudar medicina e praticar medicina como mulher.

As mulheres revoltaram-se com a sentença, especialmente as esposas dos juízes que deram a pena de morte. Alguns disseram que se Agnodice fosse morta, eles iriam para a morte com ela. Incapazes de resistir às pressões das suas esposas e de outras mulheres, os juízes suspenderam a sentença de Agnodice e, a partir de então, as mulheres foram autorizadas a praticar medicina, desde que apenas cuidassem de mulheres.

Assim, Agnodice deixou sua marca na história como a primeira doutora, médica e ginecologista grega. O que é irônico, pois as mulheres davam a luz, sabiam da dor, e quando o parto vai iniciar, conheciam o poder curativo das ervas, como reconhecê-las e onde se encontravam, sabiam preparar misturas de ervas para cada tipo de dor e como cuidar de pacientes.



First Greek woman physician

In ancient Greece, women were forbidden to study medicine for several years until someone broke the law. Born in 300 BC, Agnodice cut her hair and entered Alexandria medical school dressed as a man. While walking the streets of Athens after completing her medical education, she heard the cries of a woman in labour. However, the woman did not want Agnodice to touch her although she was in severe pain, because she thought Agnodice was a man. Agnodice proved that she was a woman by removing her clothes without anyone seeing and helped the woman deliver her baby.

The story would soon spread among the women and all the women who were sick began to go to Agnodice. The male doctors grew envious and accused Agnodice, whom they thought was male, of seducing female patients. At her trial, Agnodice, stood before the court and proved that she was a woman but this time, she was sentenced to death for studying medicine and practicing medicine as a woman.

Women revolted at the sentence, especially the wives of the judges who had given the death penalty. Some said that if Agnodice was killed, they would go to their deaths with her. Unable to withstand the pressures of their wives and other women, the judges lifted Agnodice's sentence, and from then on, women were allowed to practice medicine, provided they only looked after women.

Thus, Agnodice made her mark in history as the first Greek female doctor, physician and gynecologist. This plaque depicting Agnodice at work was excavated at Ostia, Italy.




Continuará…




Fonte









FINAL DO MÊS

DIVERSIDADE, INCLUSÃO, 
& PERTENCIMENTO



“Diversidade ocorre 

quando você tem um lugar na mesa. 

Inclusão acontece quando você pode falar. 

Pertencimento é quando você é ouvido”.

 

Eu não tenho um lugar nesta mesa 

Eu não posso falar, 

(minha voz irrita) 

Não pertenço a nenhum lugar. 

Não sou ouvido.


Escrevo

Desenho

Pinto

Fotografo

Penso

Silêncio…


Um dia talvez seja ouvido

Um dia talvez possa me sentar à mesa

Que bom seria poder falar 

E ser ouvido 


Eu acredito que TODO ser

tem uma história

Para contar

Compartilhar

Com suas palavras

Sentado ao redor do fogo


Um dia talvez seja visto

Um dia talvez se lembrem…

Lembrar de que? 

De quem?


Reflito

Escrevo

Penso

Observo

Em silêncio…


Um dia…

Outro dia 

Um mês

Outros meses

Anos

Décadas


A vida passa sem um lugar, 

em nenhum lugar

sem voz, silenciosa.

Sem nenhum ouvido 

para escutar. 


Mas deve-se manter uma chama 

ainda que mínima, para que a alma não se perca nas imensidões obscuras do cosmo.


O cosmo

É a mesa,

É o local

Ele não exclui.


Fala com voz polifônica

Policromática

Polimorfa

Ele é ouvido

Multiouvido

Ele fala no silêncio

Sussurros

Ora uma cacofonia

Que é uma califonia


Os fungos 

as flores

as árvores

as rochas.

A areia da praia.

O vento,

A água do rio.

Falam baixinho comigo

Eu as ouço 

Minha presença fala com eles 

Por isso estou ali

Na luz do dia e a noite.

Ao seu lado


Ouvindo…




POLÍTICA 


https://youtu.be/O_gt6kmpHXg?si=FAlhLoyelMU5RB8E



O mês chegou ao fim. E o inverno está sendo severo, chuvoso e frio. Depois de uma enchente terrível onde muitos perderam suas casas e posses. Estamos abalados.

Seria mais quentinho e aqueceria meu coração se tivesse sido mais inclusivo com todos. É uma experiência ainda que inacabada. Um aprendizado ainda que incompleto. Um caminho. 

Que bom que era seguir junto esse caminho; e não só…



https://x.com/zehdeabreu/status/1806993360852303878?s=61&t=Zwtk5KfuvO4jCNRT56iClQ


GRAFFITI E STREET ART























STREET PHOTOGRAPHY

























MÊS DO ORGULHO 


Brokeback mountain gif




KALIMORFOGRAFIA  






FOTOGRAFIA PARA DESENHO 
DA FIGURA HUMANA