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ÚLTIMA CEIA DE LEONARDO DA VINCI
ÚLTIMA CEIA
Última ceia gif (Fonte: pinterest)
Minha mãe ganhou de presente de casamento uma reprodução da “Última ceia” também conhecida como “Santa ceia do Senhor”, uma reprodução em placa decorativa de parede estilo Dom José em metal possivelmente cobre, prateado (provavelmente banhado a prata), representando a famosa obra de Leonardo da Vinci. Eu tinha cinco ou seis anos de idade e a primeira pergunta que fiz para minha mãe foi, por que todas as pessoas estão sentadas do mesmo lado da mesa? E depois, por que uma mesa retangular comprida? Na minha imaginação essa mesa nem caberia numa casa como a minha, de proletária e camponesa. Minha mãe não soube me responder; e minha dúvida ficou lá.
Última ceia reprodução em metal, estilo D. José,
produzido no Brasil na década de 1960 (?)
O mobiliário e a objetos de decoração estilo D. José (1750-1777), embora herde muitas características do período anterior, D. João V (1706-1750), distingue-se perfeitamente deste. Assimila muitas características estrangeiras, mas é inconfundível. As formas estilizam-se apresentando maior elegância e equilíbrio. No terceiro quartel do Século XVIII, com D. José, intensifica-se a influência francesa que compete com a influência Inglesa do design Thomas Chippendale (1754), sem nunca a suplantar. É desta fusão de influências e do seu hibridismo com os materiais e técnicas portuguesas, que surge o mobiliário no estilo D. José. Apesar de se identificar e manter-se mais fiel ao estilo Inglês, mais funcional e sóbrio, sendo essa a principal influência que o mobiliário vai seguir, as cadeiras normalmente apresentam o espaldar mais alto e esguio, são feitas em pau-santo e nogueira enquanto as inglesas são feitas em mogno. Os objetos decorativos assim como os móveis são sóbrios sendo carregados de movimento livre, de curvas e contracurvas, volutas, concheados assimétricos, elementos vegetais estilizados feitos em talha ou metal curvado, ornatos e estruturas típicas da decoração rocaille.(acasasenhorial).
Fazendo uma rápida pesquisa na internet podemos encontrar essa pérola: Por que na Santa Ceia Jesus fez 13 pessoas sentarem do mesmo lado da mesa? É elementar! Porque como ele era onisciente, ele sabia que Da Vinci iria pintar o quadro, e quis facilitar o trabalho dele. Afinal, como as pessoas iriam reconhecer metade dos apóstolos se eles estivessem de costas? Pior ainda, as pessoas de costas iriam bloquear a visão das outras sentadas a sua frente, do outro lado. Também encontramos uma piadinha a esse respeito. Jesus chega com sua “trupe” num restaurante para sua “Última Ceia” e pede: “Mesa para 26, por favor.” Disse Jesus ao chegar. O garçom conta as pessoas e responde: “Mas vocês são só 13!” E Jesus responde: “Sim, mas nós vamos sentar todos do mesmo lado.”
Naquela época, no oriente medido e na Grécia antiga e Palestina, as pessoas que participavam de uma refeição ou banquete, tinham o hábito de cear com o corpo reclinado em um leito ao redor de uma mesa, chamado klinai (Martini, 2021). Esse leito possuía um estrado feito de vime e coberto com peles de animais e pele de ovelha para possibilitar algum conforto. Em baixo de cada klinai havia uma pequena mesa ou aparador, para apoiar o que era servido (pratos). Os convivas deitavam-se ao redor do anfitrião com o lado esquerdo no “colchão” e o lado direito ficava livre para se servirem. Os pés ficam livres. Lavar os pés dos convivas era uma necessidade prática da disposição em semicírculo ao redor do anfitrião. E não havia uma mesa específica para que ficassem ao redor. Os convivas ficavam inclinados um encostando a cabeça no outro. Então, como Cristo estava à mesa, todos queriam sentir-se próximos e inclinados a Ele, como num Symposion grego (banquete).
ULTIMA CEIA
A obra de Leonardo da Vinci
Durante o período de 1494 a 1498, a pedido de Ludovico il Moro, Leonardo da Vinci realizou a obra que mais tarde se tornaria imensamente famosa.
Essa obra feita especialmente para o refeitório do Convento de Santa Maria delle Grazie em Milão, A Última Ceia é, em dimensão a sua maior obra, além da Sala delle Asse (Sala das plantas lenhosas ou sala da floresta).
Esta obra foi encomendada como parte de um plano de reforma da igreja e dos edifícios do convento de Santa Maria delle Grazie, pelo patrono de Leonardo, Ludovico Sforza, duque de Milão, onde estão sepultados seus parentes.
Para criar esta obra Leonardo utilizou, em vez do método tradicional de afresco (que consiste em preparar o gesso e aplicar e imediatamente colocar o papel desenhado a carvão e já firmado com agulha; esses orifícios permitem o pó passar para o outro lago sendo fixados no gesso. Logo após isso inicia-se a pintura. A pintura em afresco, não era bem vista por Leonardo, não era uma técnica que ele gostava, pois devido a secagem muito rápida não permite retoques. Então, ele usa uma técnica mista “a seco” que permite seu cronograma de pintura inconsistente e as revisões frequentes que fazia em suas obras.
Assim, Leonardo decidiu executar a obra testando uma nova técnica à solução das tintas com predominância da têmpera (pigmento misturado a gema de ovo), com adição de cera de abelha e mástique. Essa mistura de técnicas, embora baseada em uma técnica descrita por Cennino Cennini em um tratado do século XIV, era usada "a secco" e não em superfícies "a fresco". Credita-se a essa técnica o fato da pintura estar perdendo coloração já em 1517.(WP)
Muito provavelmente em consequência da técnica utilizada por Leonardo, uma variedade de fatores ambientais, pouco da pintura original permanece hoje, apesar das inúmeras tentativas de restauração, sendo a última concluída em 1999.
A obra “Ultima ceia” representa a última refeição que Jesus teve com os Apóstolos no período que corresponde a Páscoa dos Judeus. Esta foi a Última Ceia que Jesus celebrou e na qual anunciou que Judas o trairia e que Pedro o negaria.
Mastique do grego antigo, Μαστίχα, mastíchia, é uma resina obtida da planta aroeira Pistacia lentiscus. É também conhecida como lágrimas de Chios, sendo tradicionalmente produzida na ilha de Chios, e, como outras resinas naturais, é produzida em "lágrimas" ou gotículas.(WP)
A mástique é excretada pelas glândulas de resina de certas árvores da família Anacardiaceae e seca em gotas ou pedaços de resina quebradiça de cor amarelo clara e translúcida. Quando mastigada, a resina amolece e se torna uma goma branca brilhante e opaca. O sabor é amargo no início, mas depois de mastigar um pouco libera um sabor refrescante semelhante ao pinho e ao cedro.
A mástique tem sido cultivada e colhida há pelo menos 2.500 anos desde a antiguidade grega. A palavra mástique é derivada do grego: μαστιχάειν, masticháein, mastigar, ruminar, ranger os dentes, que também é a fonte da palavra inglesa masticate. A primeira menção de verdadeiras “lágrimas de mástique” encontra-se em Hipócrates de Cós Hipócrates usava a mástique para a prevenção de problemas digestivos, resfriados e como refrescante do hálito. Os romanos usavam mástique junto com mel, pimenta e ovo no vinho condimentado produzindo
A exploração e o comércio do “conditum paradoxum”, sob o Império Bizantino, o tornou-se monopólio do Imperador.
“Conditum piperatum” ou konditon, do grego antigo, κόνδιτον, konditon é uma família de vinhos condimentados da antiga culinária romana e bizantina. O nome latino pode ser traduzido aproximadamente como "apimentado". Receitas de “conditum viatorium”, vinho com especiarias para viajantes, e “conditum paradoxum”, vinho com especiarias surpresa, são encontradas em “De re coquinaria”. O conditum paradoxum inclui vinho, mel, pimenta, Mástique (aroeira), louro, açafrão, sementes de tâmaras e tâmaras embebidas em vinho.(WP)
No inicio do século IV dC, os principais ingredientes do conditum eram vinho, mel e grãos de pimenta. Conditum foi considerado um vinho picante.
Uma redação do século X de um trabalho agrícola grego bizantino anterior resume as porções relativas de cada ingrediente:
Deixe oito caroços de pimenta (grãos) lavados e secos e cuidadosamente triturados; misture um sextarius de mel ático e quatro ou cinco sextarii de vinho branco velho.
Apícius, também conhecido como De re coquinaria ou De re culinaria (Sobre o tema da culinária, On the Subject of Cooking), é uma coleção de receitas da culinária romana, que pode ter sido compilada no século V d.C., ou antes (WP). A língua em que foi escrita está em muitos aspectos mais próxima do latim vulgar do que do latim clássico, com receitas posteriores usando o latim vulgar (como ficatum, bullire) adicionadas a receitas anteriores usando o latim clássico (como iecur, fervere). O livro foi atribuído a um desconhecido Célius Apicius, uma invenção baseada no fato de que um dos dois manuscritos é encabeçado pelas palavras "API CAE" ou melhor, porque algumas receitas são atribuídas a Apícius, no texto: Patinam Apicianam sic fácies (IV, 14) Ofellas Apicianas (VII, 2). Também foi atribuído a Marcus Gavius Apicius, um “gourmet” romano que viveu em algum momento do século I d.C., durante o reinado de Tibério (42 de novembro aC - 16 de março de 37 dC) foi imperador de 14 a 37 d.C. (WP) Sucedendo seu padrasto Gaius Julius Caesar Augustus (nascido Gaius Octavius; 23 September 63 BC – 19 August AD 14), também conhecido como Octavian em Latin: Octavianus, o primeiro imperador romano (WP).
(…)
Como vimos, a técnica usada por Leonardo, no entanto, foi a causa da deterioração precoce da obra de Leonardo, que estragou poucos anos após a sua criação. Foram necessárias muitas restaurações para evitar que a pintura se perdesse para sempre.
O Cenáculo Vinciano ou a Última Ceia de Leonardo da Vinci é uma das obras mais famosas do mundo. A pintura representa o momento em que Jesus anunciou aos seus discípulos que um deles o trairia. Em volta da figura principal de Jesus, todos os apóstolos, separados em grupos de três, reagem a frase que acabam de ouvir. A cena está iluminada por uma luz clara que realça os detalhes da pintura, como pratos, copos e a comida que se encontra na comprida mesa. A pintura de Leonardo mede 460 x 880 cm e encontra-se no Refeitório de Santa Maria delle Grazie, onde os monges faziam as suas refeições.(italy-museum)
A "Última Ceia", um dos quadros mais famosos de Leonardo da Vinci, foi iniciado entre 1495–1496 para a reforma da igreja Santa Maria de le Grazie em Milão, Itália.
Todavia, na província romana da Judéia, um grupo de amigos judeus (judaitas) não fariam uma refeição desta forma. A pintura de Leonardo foi executada em um refeitório, onde os monges costumam sentar em um mesmo lado da mesa formando um retângulo ou U. Assim, os monges sentiriam-se pertencentes a esse banquete inaugural da Igreja.
DETALHES DA ÚLTIMA CEIA
Fonte
MARTINI. F.R.S. História do mobiliário:Grécia antiga. Cadernos de Arquitetura e Urbanismo v.28, no42, 1osem. 2021.
CÓPIAS DA ÚLTIMA CEIA DE LEONARDO
OS SEGREDOS DA ÚLTIMA CEIA
ARTIGO DA REVISTA GALILEU
(Modificado e expandido)
Nada, nem um único detalhe parece ser fortuito no afresco A Última Ceia, uma das obras mais famosas do mestre renascentista Leonardo da Vinci. Os especialistas acreditam que tudo nele obedece a um propósito minuciosamente planejado pelo artista. (galileu).
Cada fisionomia carrega um significado diferente. Cada gesto, uma mensagem subliminar. Da Vinci usou uma técnica denominada têmpera, que consiste basicamente de pigmentos misturados com gema de ovo e aplicados sobre gesso seco. A obra ficou linda, mas não durou muito por causa da umidade. Ali pelo ano de 1560, já estava bem deteriorada. (galileu).
Características notáveis na obra
UM DE VÓS ME TRAIRÁ
1• SANTO GRAAL
O cálice que, segundo o relato bíblico, teria sido usado por Cristo durante a ceia simplesmente não aparece na pintura. Alguns teóricos defendem que, ao deixar o objeto sagrado de fora, Da Vinci estaria deliberadamente ignorando o símbolo da aliança entre Deus e os homens. Sua intenção seria agredir a Igreja, então comandada pelo papa Alexandre VII, seu desafeto. (galileu)
Todos os convivas (discípulos), tem o seu copo de vinho, menos Jesus.
2• SEM AURÉOLAS (ou NIMBO, GLÓRIA, RESPLENDOR, HALO)
Da Vinci não pintou auréolas em ninguém, algo inédito até então. E que o artista engrossava as fileiras dos Cátaros (Catarismo), um movimento herético cristão suprimido há muito tempo (1350), que não venerava santos e enxergava Jesus Cristo como um homem comum. (galileu)
Auréolas
Desde o aparecimento dos ícones na história da Igreja, estes não eram considerados como uma mera obra artística. Os primeiros iconógrafos, tratavam de retratar com cores e pinturas o que os Evangelhos expressavam com palavras (Concílio de Nicéia II). Contudo, os ícones e, em geral, a cultura bizantina, é uma mescla de cultura, arte, historia, e fé... que se faz viva no coração dos habitantes do Império. Desde os Imperadores até a pessoa mais humilde, viviam a experiência dos ícones como expressão da fé de um povo que experimentava diariamente a intervenção de Deus, da Theotokos (mãe e virgem) e dos Santos na sua vida cotidiana, tal como viviam as primeiras comunidades cristãs de Jerusalém. Toda a cultura bizantina: arquitetura, escultura, pintura, bordados e manuscritos, entre outros, está iluminada por essa fé que impregna cada uma das atividades e da vida dos habitantes do Império. E por isso os modelos, os ícones, eram representados com essa aura ou auréola divina, além de seguir regras rígidas para representação do corpo e da vestimenta. (eclesia).
Catarismo
Surgido nos fins do século IX, o catarismo foi considerado um dos mais expressivos movimentos hereges de toda a Idade Média. Seus praticantes, ficaram conhecidos conhecidos como Albingenses ou cátaros (termo de origem grega, καθαροί, katharoi, os que são puros (the pure ones), estabeleceram uma doutrina espiritual influenciada por ensinamentos do cristianismo, do gnosticismo e do zoroastrismo. Aparecendo inicialmente na região de Limousin, na França, esse movimento herético logo tomou corpo e se desenvolveu ao longo das décadas.
O Catarismo ou Albingenses, um movimento cristão de ascese extrema na Europa Ocidental entre os anos de 1100 e 1200, que teve suas raízes no movimento pauliciano na Armênia e no bogomilismo (palavra búlgara: Bogo, Deus + Mils, amigo) na Bulgária, que tiveram influências dos seguidores de Paulo de Samósata.
Esse movimento teve considerável presença no norte da Itália e no sul da França e a Igreja Católica Romana passou a considerá-lo uma ameaça à religião ortodoxa.[2] As principais manifestações do catarismo centralizavam-se na cidade de Albi, motivo pelo qual, muitas fontes se referem aos seus adeptos como albigenses.
Tendo uma visão de mundo fortemente dualista, os cátaros acreditavam que a glorificação do espírito só pode ser alcançada a partir do momento em que as sensações carnais fossem desprezadas.
Foi um dualista cristã ou movimento gnóstico que prosperou no sul da Europa, particularmente no norte da Itália e no sul da França, entre os séculos XII e XIV. Denunciados como seita herética pela Igreja Católica, foram atacados sucessivamente pela Cruzada Albigense e pela Inquisição Medieval, sendo erradicados em 1350. Muitos milhares foram massacrados, enforcados ou queimados na fogueira, às vezes sem levar em conta "idade ou sexo".
Os seguidores foram descritos como cátaros ou albigenses, (em homenagem à cidade francesa de Albi, onde o movimento se consolidou pela primeira vez e teve seu centro de difusão), mas referiam-se a si mesmos como Bons Cristãos. Eles acreditavam que não havia um, mas dois deuses ou divindades, e que um deles era bom e o bem e o outro mau. Isto contrastava com a doutrina católica de que um Deus (benevolente) criou todas as coisas visíveis e invisíveis, conforme declarado no Credo Niceno. Os cátaros acreditavam que o Deus bom era o Deus do Novo Testamento, criador do reino espiritual, enquanto o Deus mau era o Deus do Antigo Testamento, criador do mundo físico que muitos cátaros identificaram como Satanás.
Os cátaros acreditavam que os espíritos humanos eram espíritos assexuados de anjos presos no reino material do deus maligno, destinados a reencarnar até alcançarem a salvação através do consolamentum, uma forma de batismo realizada quando a morte é iminente, quando retornariam ao Deus bom. como "Perfeito". O catarismo foi inicialmente ensinado por líderes ascéticos que estabeleceram poucas diretrizes, fazendo com que algumas práticas e crenças cataristas variassem de acordo com a região e ao longo do tempo.
A primeira menção do catarismo pelos cronistas foi no ano de 1143. Quatro anos depois, a Igreja Católica denunciou as práticas cátaras, particularmente o ritual do consolamentum. Desde o início do seu reinado, o Papa Inocêncio III tentou acabar com o catarismo enviando missionários e persuadindo as autoridades locais a agirem contra os cátaros. Em 1208, Pierre de Castelnau, legado papal, foi assassinado quando regressava a Roma depois de excomungar o conde Raymond VI de Toulouse, que, na sua opinião, era demasiado leniente com os cátaros.
O Papa Inocêncio III, então declarou Pierre de Castelnau mártir da Igreja e lançou a Cruzada Albigense em 1209. A campanha de quase vinte anos conseguiu enfraquecer enormemente o movimento e a Inquisição Medieval que se seguiu erradicou o catarismo em 1350.
3• SOMA DOS ÂNGULOS
A figura de Cristo com os braços estendidos forma um triângulo. Acredita-se que seja uma referência à perfeição matemática (a soma dos ângulos de qualquer triângulo é sempre igual a 180°). (galileu)
POLARIDADE
Cada apóstolo está em uma relação de polaridade com aquele que ocupa posição simétrica à sua, do outro lado da mesa. O gesto expansivo de Mateus, por exemplo, tem contrapartida na postura receptiva de André. Assim como a aparente sinceridade estampada na cara de Felipe contrasta com a feição dissimulada do traidor Judas Iscariotes. (galileu)
REFEITÓRIO
O afresco começou a ser pintado por Da Vinci em 1495 e só foi concluído três anos depois, em 1498. Ele ocupa uma parede do antigo refeitório dos monges no Convento de Santa Maria Delle Grazie, em Milão. Encomendado pelo duque Ludovico Sforza, tem 8,8 metros de largura por 4,6 metros de altura. (galileu)
EQUILÍBRIO E SIMETRIA
A composição é perfeita. O rosto de Cristo ocupa o centro da pintura, ponto para o qual convergem todas as linhas de fuga. A distribuição dos 12 apóstolos é harmoniosa: seis de cada lado, subdivididos em quatro grupos de três. O equilíbrio da pintura é reforçado pela simetria do cenário de fundo. As portas e janelas em perspectiva garantem profundidade à obra. (galileu)
4• TRAIDOR DE CRISTO
A cena retratada é uma das mais famosas passagens do Novo Testamento: o momento em que Jesus Cristo revela que um dos apóstolos vai traí-lo. Segundo a Bíblia, o traidor é Judas Iscariotes, único da cena com o rosto parcialmente encoberto por uma sombra. Bem na frente dele, há um saleiro caído sobre a mesa.
(detalhe: o saleiro derramado na frente de Judas)
A ausência do sal era tida como mau presságio. Ao pintar a “A Última Ceia”, Leonardo da Vinci colocou um saleiro derramado justamente diante de Judas.
No Oriente Médio, diz-se que, quando duas pessoas comem sal juntas, forma-se um vínculo. Por isso lá o sal é usado para selar contratos.
(Fonte: temperonovo)
5• ADAGA DA DISCÓRDIA
A única arma que aparece na cena não está na mão de Judas Iscariotes, mas de Pedro. A interpretação de alguns teóricos: Pedro, fundador da Igreja, simbolizaria o papa. Seria mais uma alfinetada em Alexandre VI, para Leonardo, o verdadeiro traidor. Há quem defenda, porém, que a faca é uma menção ao fato de que o apóstolo cortará a orelha de um soldado romano na noite da prisão de Cristo.
Adaga da discórdia (galileu)
6• LINGUAGEM CORPORAL
As faces e os gestos dos personagens representam sentimentos humanos (desconfiança, apreensão, desespero, aflição, incredulidade, espanto, ira, medo, tristeza... E por aí vai). O único rosto verdadeiramente sereno, livre de qualquer pesar, é o de Jesus Cristo. (galileu)
Um rosto sereno (galileu)
7• EU SOU VOCÊ
Pode ser que Da Vinci tenha pintado seu próprio rosto ao retratar Judas Tadeu. As feições do apóstolo são parecidas com um autorretrato feito por ele três anos depois. Tudo leva a crer que Judas Tadeu seja realmente a representação do artista, na época da execução da obra. (galileu)
Judas Tadeu, pode ser um dos retratos de Leonardo.
8• AMIGO ÍNTIMO
À esquerda de Judas Tadeu, fazendo a vez do apóstolo Mateus, o artista teria pintado Marsílio Ficino, (como modelo para o apóstolo) amigo íntimo e tradutor dos textos do filósofo grego Platão para o latim. (galileu)
9• HOMENAGEM PLATÔNICA
Judas Tadeu (Da Vinci) e Mateus (Marsílio Ficino) olham para o homem na ponta da mesa. Deveria ser o apóstolo Simão, mas talvez seja Platão. Seus traços na pintura lembram bastante os de um busto do filósofo grego exibido em Florença.
Platão
10• TRILHA SONORA SECRETA
Diversos músicos criaram a teoria de que existe uma mensagem secreta escondida em "A última Ceia" no formato de notas musicais codificadas que formariam uma música! Em 2007, o músico italiano Giovanni Maria Pala analisou a obra e criou uma canção de 40 segundos, supostamente retirando as informações da pintura!
Alguns anos mais tarde, uma pesquisadora do Vaticano chamada Sabrina Galitzia retirou da obra alguns sinais matemáticos e astrológicos, e com isso também montou uma mensagem que teria sido deixada por Leonardo da Vinci.
A pesquisadora afirma que essa mensagem prevê nada menos do que o fim do mundo, na forma de um dilúvio que vai destruir o mundo inteiro entre 21 de março a 1º de novembro, no ano de 4006! (blogdosilvano).
Escute a música no vídeo abaixo:
Música secreta
https://www.blogdosilvano.com.br/post/10-curiosidades-sobre-a-última-ceia-de-leonardo-da-vinci
Varias imagens de Platão para comparação.
(Fonte: google Images)
Apóstolos (Fonte: santhatela)
A ceia (virusdaarte)
(Fonte: gifer)
Alguns fatos que despertam curiosidades em todos até hoje:
Leonardo como Judas: Muitos desconhecem, mas o artista colocou seu auto-retrato na figura de Judas Tadeu.
Adaga na mão de Pedro: Esta representação de Leonardo tem a intenção de marcar o verdadeiro traidor da mensagem de Cristo. Acredita-se que Pedro era um Zelote, um radical pertencente ao grupo Sicários (homens da adaga) ao qual Judas Iscariotes também fazia parte.
Maria Madalena: Uma das grandes fontes de discórdia até hoje, a figura feminina sentada ao lado de Jesus, segundo seus manuscritos representa o apóstolo João, o apóstolo puro. E no renascimento esta pureza era representada pela figura com traços femininos. Porém muitos acreditam que a figura se trata de Maria Madalena.
Ausências: Leonardo optou por não representar o simbolo máximo da aliança de Deus com os homens, o Cálice Sagrado ou Santo Graal. Também é notada a falta do Cordeiro à mesa que era tradicional na reunião da época. (Fonte: santhatela)
O MILAGRE DA RESTAURAÇÃO
Ao longo dos anos, A Ultima Ceia sofreu todo tipo de maus-tratos. Os monges do Convento Santa Maria Delle Grazie chegaram a abrir uma porta no meio do mural durante uma reforma. Sabe-se também que muitos restauradores mais estragaram do que recuperaram a pintura. A última grande restauração durou mais de duas décadas, de 1976 a 1999. Graças a ela, a pintura que hoje se vê é bem mais fiel ao trabalho original de Da Vinci. Os tons fortes utilizados por restauradores anteriores foram substituídos por cores mais suaves, definidas com base na análise científica do estilo do artista.
Fonte
Modificado do Artigo de Antonio Carlos Jorge
(Fonte: universoculto)
Ao falarmos sobre o significado da obra de Leonardo, devemos abordar rapidamente alguns aspectos de sua vida para entender o contexto em que toda a sua obra se desenvolveu.
Leonardo nasceu em abril de 1452 em Vinci, um vilarejo perto de Florença, filho de Piero da Vinci, tabelião.
Leonardo era filho ilegítimo, não tendo direito (aos olhos da lei) aos bens do pai. Mas seu pai, zeloso, não o abandonou, tendo assumido sua criação. Devemos lembrar que Leonardo nasceu num contexto do final da idade média.
O fim da Idade Média é determinado pela queda de Constantinopla (Istambul) em maio de 1453. É claro que a mudança de um período para outro não ocorre por meio de um único evento. Este é um processo de transição que envolve múltiplos eventos e não ocorre tampouco da noite para o dia.
Com o fim da Idade Média temos o Renascimento, com o ressurgimento da valorização do homem como fator de relevância em todos os contextos.
O renascimento foi um movimento que surgiu na Europa, iniciando na península Itálica, e que apresentava um caráter filosófico, artístico, literário e, científico concomitante.
O humanismo representa a valorização do ser humano e a sua condição acima de tudo, logo, a teoria está relacionada com a compaixão, a generosidade, o amor e a preocupação em valorizar todos os atributos humanos.
A valorização do humanismo, da razão, do antropocentrismo e do conhecimento científico são suas marcas essenciais.
O movimento representou uma grande mudança em diversas áreas do conhecimento, como: a política, a cultura, a economia, a filosofia, a ciência, as artes, dentre outras.
Tem início o Humanismo, movimento que revolucionou o pensamento, surgindo novos conceitos e visões de mundo. Esse novo conceito é precursor da especialização do conhecimento, resultando posteriormente na sistematização do conhecimento humano, com cientificismo e segregação de saberes que até então estavam unificados.
Leonardo é mais um sábio medieval do que uma pessoa alinhada com as tendências renascentistas porque não se restringiu a conhecimentos específicos como outros gênios contemporâneos seus. Ele tinha um conhecimento amplo, um verdadeiro polímata. Ele não era apenas um pintor. Ele foi poeta, escultor, músico, arquiteto, engenheiro, matemático, geômetra, astrônomo, inventor, anatomista, geógrafo, mecânico, e também astrólogo, botânico, chefe de cozinha, organizador de festas da corte, embora sua biografia não fale sobre o universo do conhecimento oculto. Em suma, ele tinha um conhecimento universal. Em todas as áreas deixou a marca de sua genialidade.
Por ser ilegítimo e não frequentar uma universidade, gerou nele um sentimento de querer mais, saber mais, investigar mais, etc. entretanto ele se ressentia por não saber latim e não poder nem ler os clássicos e nem escrever nessa língua.
Quando completou 14 anos, seu pai o colocou como aprendiz no ateliê de artes de Verrocchio, um grande mestre de Florença. As oficinas de arte realizavam não só trabalhos artísticos como pinturas e esculturas, mas também construção de prédios, pontes e obras de engenharia, metalurgia, máquinas de guerra, tudo que exigisse a criatividade do homem para fazer algum tipo de artefato.
Leonardo logo se destacou em todas essas artes, tendo participado da produção de uma pintura de Verrocchio, por ordem de Lorenzo Medici, governante de Florença. Ele pintou um rosto de anjo em uma tela e a delicadeza das linhas e do jogo de luz chamou a atenção da família Médici, que veio protegê-lo.
Nessa época, o sucesso não dependia de talento, mas principalmente da figura de um protetor, um mecenas.
A península italiana, naquela época, era uma região de muitas disputas, sem identidade de país, ou estado nacional,que se consolidou apenas na segunda metade do século XIX com Garibaldi. Havia cidades-estados, que viviam em conflito. As guerras foram travadas sistematicamente, a fim de solidificar o poder do clero. Nesse contexto, foi deflagrada uma guerra contra Florença, promovida pelo Vaticano, pois havia muitos interesses de composição política, domínio, hegemonia e supremacia econômica.
Leonardo diante dessa situação, após servir a outros poderosos, como os Bórgia, por exemplo, acabando de se mudar para Milão, havia oferecido seus serviços ao duque Ludovico Sforza.
Só para se ter uma ideia dos talentos de Leonardo, ele apresenta seu currículo como principalmente engenheiro militar, como gostava de ser reconhecido, Arquiteto, Construtor de Armas, inventor, músico e no final da lista de qualificações está pintor e isso é só sua habilidade é que Duke o envolve. Ludovico tornou-se o novo protetor de Leonardo.
Entre as muitas obras que Leonardo executou sob encomenda de Ludovico está a “Última Ceia”. A obra deve decorar o refeitório do Convento de Santa Maria delle Grazie.
Essa obra começou em 1495 e foi concluída em 1497. Na realidade não foi concluída. Ahh propósito, nenhuma obra de Leonardo, exceto São João e o menino Jesus foi concluída. Foram várias ações movidas contra Leonardo porque ele não cumpriu contrato. Leonardo falou "a criação é divina, a execução é servil!"
A Última Ceia foi pintada nas paredes do salão e Leonardo desenvolveu uma nova técnica. Costuma-se dizer que é um afresco, mas na realidade um afresco é uma pintura feita sobre uma camada de gesso recém-aplicado ainda úmido. Essa técnica não permite erro e retoques posteriores. Como Leonardo era principalmente um perfeccionista, ele queria uma técnica que pudesse encurtar o processo de secagem da tinta.
Isso não quer dizer que ele não fosse um especialista, mas queria a demora na secagem para executar a obra com a maior perfeição imaginada. Assim, desenvolveu certos corantes e pigmentos que se mostraram ineficazes em relação à conservação. O afresco tem sido constantemente atacado pela ação de fungos que se decompõem, exigindo constante manutenção e restauração. O desrespeito à arte não é um fato que ocorre apenas em nossos dias. Note-se que, pela necessidade de criar uma passagem para um quarto seguinte, abriu-se e depois fechou-se a porta quase a pintar, destruindo para sempre uma parte da base. Fato semelhante ocorreu com a Mona Lisa, que é uma pintura feita em painel de madeira, que teve as laterais serradas.
Passemos agora à análise do quadro apresentado. Vemos que a figura de Cristo está colocada exatamente no centro e se traçarmos duas linhas perpendiculares, projetando o ponto de fuga, temos esse ponto de convergência exatamente no olho direito de Cristo.
Assim temos a imagem, com Cristo na posição central e os apóstolos distribuídos em ambos os lados. Ao redor do Cristo forma-se um círculo passando pelo arco da porta ao fundo, formando um triângulo com o vértice para cima e outro com o vértice para baixo. No livro "O Código Da Vinci", Dan Brown fala desses símbolos de forma simplista, relacionando-os com os princípios masculino, personificado pela figura de Cristo, e o feminino, formado entre ele e John que está bem ao seu lado?.
Como as feições de João são femininas, Dan Brown afirma ser Maria Madalena, que fora sua esposa e mãe de sua filha Sara, dando origem à dinastia dos merovíngios, os primeiros reis francos (?). Ele argumenta que mesmo Jesus para ser rabino, não poderia ser solteiro, e necessariamente teria que ser casado. Isso é verdade entre os fariseus, mas se considerarmos Jesus como essênio não seria um fato, porque os essênios faziam votos de castidade e pobreza é claro que ele não poderia ser casado. (Veja estudos sobre os essênios nos Manuscritos do Mar Morto).
Mas isso não interessa à narrativa de Dan Brown, pois invalidaria o livro. Dan Brown é um pesquisador e acredito que tenha seu conhecimento, mas também acredito que não lhe interessa porque contraria seu interesse comercial, porque a verdade não vende. Essa simbologia representada com dois triângulos com vértices opostos, é realmente muito profunda, estando presente em diferentes tradições como a védica e a hebraica, que apresenta dois triângulos entrelaçados, formando a estrela de seis pontas.
A estrela de seis pontas, embora seja conhecida como Estrela de David ou Selo de Salomão está presente há cinco mil anos nos Vedas Este símbolo contém princípios herméticos, como a correspondência, a polaridade, bem como o sexo e isso não pode ser reduzido simplesmente a uma referência fálica. Não estamos depreciando o trabalho de Dan Brown e reconhecemos quem nunca falou muito sobre esses assuntos. Essas obras nunca foram tão visitadas como hoje e isso por si só já tem a sua importância, mas temos que colocar as coisas nos seus devidos lugares.
Podemos relacionar o triângulo com vértice para cima (tríade superior=Espírito), contendo os princípios Vontade, Sabedoria e Mente (Consciência). O triângulo com o vértice para baixo relaciona-se com a matéria (inconsciência). Assim, quando os dois triângulos sobrepostos resultam na manifestação da vida.
É a projeção do espírito na matéria, como podemos ver também na pintura de Narciso (abaixo à direita), de Caravaggio, onde ele se apaixona por sua própria imagem refletida no espelho d’água, passando a negar sua origem divina e perdendo-se nas teias de ilusão do mundo das coisas, que é transitório, local e temporal. O mundo das coisas é composto pelos quatro elementos (Fogo, Ar, Água e Terra).
Se olharmos a pirâmide sobre seu ápice, veremos a divisão em quatro partes iguais (III). Se essas partes forem abertas (IV) produzirá 12 ângulos (análise combinatória 3 de 4).
Daí resulta a cruz de Malta, ou cruz templária (V), onde ao centro está localizado o olho de Deus, que tudo vê (onisciência), precisamente o olho direito de Cristo, que é o ponto de fuga central na pintura de Leonardo (ternário em o quaternário).
Na astrologia existem três tipos primários (vem Causa Primária é o Absoluto = Universal) e quatro secundários. Os três tipos primários mostram o comportamento humano. Os secundários indicam o temperamento humano. O comportamento humano é determinado pelo modo de expressão (Cardeal, ou aquele que inicia uma ação. O fixo estabiliza a ação. O mutável emenda a ação). São os gunas da tradição védica: Rajas, Tamas e Sattva, que constituem a matéria.
Podemos representar essas correlações através do diagrama abaixo, onde os arquétipos são formados considerando a manifestação cinética e estática da matéria e sua modulação com três formas de comportamento, produzindo os doze tipos básicos de temperamentos, conforme o diagrama:
Falamos das qualificações de Leonardo que entre elas detinha os conhecimentos astrológicos. É justamente esse conhecimento que está sendo revelado em sua obra. Ele tinha profundo conhecimento dos arquétipos, detalhando suas características, demonstrando perfeitamente o zodíaco com os doze signos do Sol (Cristo) como centro dos acontecimentos e da criação, o que fica mais evidente se observarmos que os apóstolos estavam dispostos em quatro grupos de três .
Assim, temos quatro grupos, ligando-os às quatro estações do ano com um apóstolo para cada signo.
Cada estação tem três meses e consequentemente três signos, começando na primavera, que é o equinócio vernal no hemisfério norte, com os meses de março, abril e maio, relacionados a Áries, Touro e Gêmeos. O verão, com os meses de junho, julho e agosto, relacionado a Câncer, Leão e Virgem. O outono, com os meses de setembro, outubro e novembro, relacionado a Libra, Escorpião e Sagitário e o inverno, incluindo dezembro, janeiro e fevereiro, relacionado a Capricórnio, Aquário e Peixes.
A combinação dos três atributos superiores gera matematicamente os quatro elementos materiais.
Vamos ver. Combinando os elementos primários, ou seja, "A", "B" e "C", produz os quatro elementos, onde "A" está associado a "B", "A" está associado a "C", "B" associado com" C "," A "está associado a" B "e" C ".
Assim, temos quatro elementos secundários. Também fazemos uma analogia com as cores primárias, que são o azul, o amarelo e o vermelho, que combinadas formam as quatro cores secundárias, constituindo a estrutura da manifestação setenária (sete cores do prisma, sete notas musicais, sete dias da semana, sete pecados capitais, etc...).
Assim, o superior gerará o quaternário ternário, com uma combinação de três com quatro, resultando nos doze que refletem os diferentes tipos básicos de energia, ou doze arquétipos humanos.
Os três, quatro, sete e doze números são números sagrados, pois resumem a constituição do universo.
A pirâmide, por exemplo, é um símbolo esplêndido, é o ternário assentado sobre uma base quaternária (I e II).
Outra forma de demonstrar isso é a figura que vemos de forma tridimensional, com a figura de Cristo e dos apóstolos ao centro dividida na eclíptica (o equador do Sol).
Na roda zodiacal, dividimos os signos formando eixos, onde um signo tem suas características virtuosas, e as dificuldades são vivenciadas no signo colocado em oposição. Isso se refere ao princípio da polaridade, que diz que tudo tem dois pólos, e eles são de natureza semelhante, variando; porém o grau e que essas polaridades podem ser conciliáveis (O Caibalion - Hermes Trismegisto).
Superar as dificuldades representadas pela sombra, ali buscar as virtudes aquilo que é luz, localizado em sua oposição.
Na realidade, o que deve determinar entre os dois pólos é a busca do equilíbrio, ou seja, o ponto central é a figura de Cristo. É viver o caminho da temperança, o caminho do meio. A consciência.
Associando os diferentes discípulos (indicados pelo próprio Leonardo), temos a representação na figura abaixo:
Jesus abre a mão esquerda para cima, alimentando os que estão à sua esquerda. São as estações da primavera e do verão, onde ocorre o nascimento e o crescimento. O lado direito para baixo em um ato de absorção de energia e experiências acumuladas pelas estações de outono e inverno, relacionadas à maturidade e à morte. Isso demonstra o ciclo zodiacal de nascimento e morte. Note-se que a mesma correlação é feita em que a luz é projetada para a esquerda e a direita sombreia Cristo. A mesma dualidade polar também está representada no manto de Jesus delimitando os dois hemisférios.
Na cabeceira da mesa, no extremo esquerdo do Cristo, temos a figura de Simão, representando Áries. Leonardo representa na ordem da esquerda para a direita, desde os signos, visto da terra movendo-se no sentido anti-horário.
Áries, o signo que abre o zodíaco, tem as características de pioneirismo, liderança, iniciativa, e é exatamente esse o papel demonstrado por Simão, sentado à mesa principal. Áries rege a cabeça e a cabeça de Simon são exibidas com destaque. A posição da ascendência de Simon sobre os outros. Mas não só a posição ocupada por Simão Áries denota esse papel como o que o tema sugere, porque tudo resulta de algo falado por Simão, enquanto os outros apóstolos vão comentando, discutindo e observando o próprio Simão, foi dito.
Se Áries está relacionado ao self, à personalidade, Libra corresponde ao outro, ao relacionamento e à satisfação da necessidade do parceiro.
É ideal para librianos viverem relacionamentos em clima de paz, beleza, equilíbrio e harmonia. A figura de João, diametralmente oposta a Simão, recebe e absorve todo o impacto do que foi falado, fazendo-o assumir uma postura de submissão e recolhimento. As mãos de John são colocadas em posição de reconciliação. A figura tem, na verdade, um rosto feminino, pois Libra, buscando a harmonia, está associada à condição receptiva. A peça também remete ao equilíbrio, na medida em que se divide em duas cores. Libra é regida por Vênus e Áries por Marte. Este é o eixo da individualidade, sendo Áries representando a personificação do ego psicológico e Libra o outro com quem o ego se relaciona.
Em seguida, temos Judas Tadeu. Está relacionado ao signo de Touro. Touro é caracterizado por valores pessoais, posses, ter. Touro tem necessidade de desenvolver uma estrutura sólida, ter apoio. Na pintura vemos que é o único apóstolo que se apoia na mesa, coloca o braço esquerdo usando a mesa como escudo. O tamanho do Touro é sólido, forte. Touro rege o pescoço e a garganta e isso fica muito evidente na pintura. A atitude de Judas é de prudência. Ele argumenta e aceita.
Este é o eixo de valor e poder, tendo um lado de Touro e Escorpião do outro.
Escorpião é representado por Judas Iscariotes. Escorpião se relaciona com os valores do outro, os valores coletivos. Judas, pois era o tesoureiro do grupo. Escorpião é o signo das profundezas, transformação, regeneração ou morte. Regido por Plutão ou Hades, representa tudo o que é profundo e transformador. O papel de Judas Iscariotes, mal interpretado pelas tradições cristãs, foi crítico para o desfecho trágico do drama que é a paixão e ressurreição. Judas Iscariotes de alguma forma foi o mais leal dos apóstolos, porque ele cumpriu as escrituras. Ele assumiu a missão mais dolorosa do grupo cumprindo a ordem de acabar com o Sinedrion seguindo a ordem própria de Jesus, quando disse: “Judas, com um beijo trairias o Filho do Homem? (Lucas 22:48).
Na verdade, Escorpião é o dínamo do Zodíaco, pois determina os processos de transformação necessários à evolução da vida. Judas Iscariotes na pintura é apresentado como um espectador, observando o desenrolar do drama, examinando o curso dos acontecimentos. Essas são características de Escorpião. Analisa profundamente, traça as estratégias e age no momento certo, com precisão.
Em seguida, temos Mateus, relacionado a Gêmeos, cujo regente é Mercúrio. Gêmeos está relacionado com todo o processo mental e comunicação. O concreto mental, o processo de acumulação de conhecimentos cognitivos e aplicados à realidade material. Os nativos de Gêmeos são esguios e ágeis, joviais, de aparência curiosa e ponderam todas as variáveis possíveis diante das situações. Eles podem ser considerados, às vezes contraditórios, instáveis e inconstantes. Mateus demonstra algumas dessas características.
Ele está se comunicando com Simon, olhando para ele, mas discutindo com as mãos e os braços como se tivesse considerando todos os aspectos do que foi dito. Também pode aparecer uma ambiguidade entre o que foi dito e o que o grupo pensa. Como Gêmeos está relacionado com a comunicação e a fala se relaciona anatomicamente com os ombros, braços e mãos e é isso que notamos também na figura de Mateus, que também é considerado o relator de Cristo, como Mercúrio (Hermes), o mensageiro de Júpiter (Zeus ).
Temos aqui o eixo do conhecimento e da sabedoria. Pedro se opõe a Mateus, representando Sagitário. É o signo associado à religião.
Sagitário rege os assuntos superiores, abstrai o conhecimento e lança-se espontaneamente no desconhecido. Às vezes é embrutecido e pode se expressar com franqueza excessiva. Isso corresponde ao espírito de Pedro, que fundou a Igreja, ou a religião cristã, com Paulo (Saulo de Tarso).
A fé quando levada às últimas consequências pode ser cega e em sua defesa tudo pode ser permitido. A mão de Peter está segurando uma faca para defender seus próprios ideais, não em uma atitude ameaçadora para John, por alguns querem acreditar, até argumentada por Dan Brown. Sagitário, o centauro empunha o arco com a flecha a ser lançada. Anatomicamente Sagitário rege os quadris e isso fica evidente na pintura. A mão direita repousa sobre ela. A disposição do corpo de Pedro lembra o desenho do símbolo de Sagitário.
Na sequência temos Felipe, associado a Câncer.
Aqui chegamos ao fundo do Zodíaco, ou Imum Coeli (latim para "fundo do céu"), é o ponto axial do inconsciente correspondente a toda manifestação devocional, ao sentimento materno, às origens e tradições. Isso se relaciona com o lar e a família e Philip personifica esse arquétipo.
Com rosto nitidamente feminino, Philip leva as duas mãos ao peito, como se chamasse a todos como crianças para as reconciliações. De fato, precisamente Câncer rege os seios, o estômago e o útero. Mãos com braços também formam uma figura que lembra as garras do caranguejo é o próprio câncer.
Este é o eixo do tempo, com o passado e o destino. O passado está associado ao câncer, à mãe, e o futuro (Capricórnio) ao pai. Então Capricórnio rege o destino, ou seja, o que buscamos como carreira, como meta de vida e papel social como buscamos e desejamos reconhecimento. Diz respeito à autoridade.
Então, Andrew como Capricórnio é claramente uma atitude de Capricórnio. Capricórnio é cauteloso e prático e pode ser frio e pessimista. Assim como Felipe diz “venha a mim”, André parece dizer “afaste-se de mim”, pois assumir as responsabilidades é calcular e planejar o que deve ser feito.
Capricórnio corresponde anatomicamente a toda a estrutura óssea, joelhos, pele. Na pintura André é quem tem mãos com dedos ossudos, demonstrando a estrutura óssea.
Ao lado de Filipe, vemos Tiago Menor, parente de Leão.
Leão é soberano. Carismático, chamativo, criativo, dramático, busca reconhecimento através da exposição. É governado pelo Sol e irradia sua luz.
Leão rege o coração que é análogo ao sol do corpo. Essas características estão claramente incorporadas a Tiago Menor. Certamente ele é a mais bela pintura de figura cênica. Tiago a assumir a atitude de braços abertos, expondo a luz, ficando ao lado do próprio Cristo.
Demonstra o peito aberto, o coração generoso, um comportamento tipicamente leonino, que às vezes chega a ser ingênuo e centrado na vaidade e no egocentrismo.
Este é o eixo do poder da criação. Se Leão é a manutenção da criação, Aquário é mudança e renovação que também é criação. Leão governa o poder do rei, o monarca. Aquários são o poder coletivo, o grupo, a sociedade. É nesse eixo que ocorre a luta pelo poder.
Aquário, com Urano, o regente, promove todo tipo de mudanças abruptas, significando sempre mudanças drásticas. Muitas vezes em nome da inovação é deposto o monarca para a instauração de um novo regime, para depois se tornar semelhante ao modelo anterior. É o que se observa com as revoluções aquarianas como a Revolução Francesa, com a deposição de Luís XVI. Napoleão foi posteriormente coroado imperador (Leão). Recentemente, temos a Revolução Cubana, com a deposição do ditador Fulgêncio Batista e o governo de Fidel como rei-ditador.
Aquário está associado dessa forma, as ações do libertário, à rebeldia, ao radicalismo porque está engajado com valores humanos, como valores progressistas, mas é impessoal.
Analisando a figura de Tiago Maior, vemos que não aparece em primeiro plano. Ele não se expõe sozinho, mas através do grupo, através da diplomacia e veja: Aquário é o signo da amizade e vemos Tiago abraçando André e Pedro, demonstrando que a força vem do grupo e não de atitudes individuais.
Por fim, temos Tomás, representando a Virgem.
O Virgem está relacionado com a praticidade, análise e crítica. Também regido por Mercúrio, mas aqui o mental se concentra na aplicação utilitária e prática a ser dada a todas as coisas. Por isso o questionaram, detalharam e discriminaram. O virginiano tem extrema necessidade de se sentir útil e prestar seu serviço, mas para isso precisa entender a causa das coisas. Dentro dessas características vemos a figura de Tomé. Tomé precisa ver para crer.
Thomas em seu ato de inquisidor pergunta ao próprio Cristo, em que a coloca bem na frente do dedo indicador de Jesus. Como Virgem tende à timidez e à humildade, Tomás também é colocado em posição afastada da mesa.
Este é o eixo do servir, tendo Virgem correspondendo ao serviço pragmático e Peixes, o serviço humanista, por vezes pouco claro e perceptível, o que pode levar Peixes a viver num estado de irrealidade.
Peixes está associado à inspiração e compreensão do sonhador. São compassivos, emotivos, intuitivos e românticos, mas para este estado de contemplação, se não bem canalizado, pode levar à evasão e a atitudes fantasiosas, tendo dificuldade em perceber a realidade.
Bartolomeu, o Apóstolo, é quem fecha o círculo zodiacal. Ele está do outro lado da mesa. Demonstra claramente as características piscianas. Parece que sua visão está direcionada para um ponto que vai além do ambiente retratado, um ponto difuso e que pode não perceber exatamente o que está acontecendo. Não fala, apenas observa, contempla e aceita. Peixes rege os pés são apenas seus pés, entrelaçados, que ficam iluminados sob a mesa. Peixes tem um grande potencial intuitivo, mas precisa saber como pode transformar sua natureza, seu sentido de servir a humanidade de forma mais prática e construtiva.
Assim chegamos ao ciclo completo do zodíaco, soando claro que a mensagem exibida nesta pintura, como em outras obras geniais. Ele transmite muito mais do que aparentemente sugere.
O verdadeiro conhecimento foi escondido de forma cifrada pela necessidade de preservá-lo, protegendo-o da incompreensão daqueles que se julgavam detentores da verdade. O que está oculto, velado, não significa que não deva ser visto. Só é revelado a quem tem olhos para ver. Leonardo nos deixa que a genuína sabedoria arcana foi, é e será o conhecimento que guia a humanidade em direção à iluminação através da consciência.
A astrologia, pelo enfoque psicológico é um processo que nos permite analisar, compreendendo paradoxos, nossos conflitos, nossa sombra, nossas projeções, e talvez, através do autoconhecimento, fazer a reintegração de conteúdos para a consciência, para que possamos promover o processo de transformando-se em verdadeiro humano, e melhor integrado com o sagrado.
O caminho continua a ser percorrido.
Fonte
The last super
Article by Antonio Carlos Jorge
(Fonte: universoculto)
Before we talk about the meaning of Leonardo's work, let's quickly address some aspects of his life to understand the context in which all his work developed.
Leonardo was born in April 1452 in Vinci, a village near by the Florence, son of Piero da Vinci, a notary, and a servant. Leonardo was an illegitimate child, having no rights to his father's estate. But his father, zealous, did not abandon him, having assumed his creation. We must remember that Leonardo was born in the middle ages.
The end of the middle ages is determined by the fall of Constantinople in May 1453. Of course the change from one period to another does not occur through a single event. This is a process of transition that involves multiple events.
With the end of the Middle Ages we have the Renaissance, with the resurgence of the appreciation of man as a factor of relevance in all contexts. Begins Humanism, a movement that revolutionized the thought, emerging new concepts and worldviews. This new concept is a precursor of specialization of knowledge, resulting later in the systematization of human knowledge, with scientism and segregation of knowledge that until then was unified.
Leonardo is more a medieval wise man than a person aligned with trends Renaissance because he was not restricted in specifics knowledge like other geniuses contemporaries geniuses. He had a broad knowledge. He was not only a painter. He was a sculptor, musician, architect, engineer, inventor, anatomist, and also an astrologer, although his biography does not to mention about the universe of hidden knowledge. In short he had a universal knowledge. In all areas he left the mark of his genius.
When he turned 14, his father had placed him as an apprentice in the arts studio of Verrocchio who was a great master of Florence. The art workshops held not only artistic works such as paintings and sculptures, but also construction of buildings, bridges and works of engineering, metallurgy, war machines, everything that required creativity of man to make some kind of artifact.
Leonardo soon excelled in all these arts, having participated in the production of a painting by Verrocchio, by order of Lorenzo Medici, ruler of Florence. He did paint an angel face on a canvas and the delicacy of the lines and the play of light, called the attention of the Medici family, who came to protect him. At this time, the success did not depend on talent, but especially the figure of a protector, a Maecenas.
The Italian peninsula, at that time, was a region of many disputes, without the identity of a country, which has consolidated only in the second half of the nineteenth century with Garibaldi. There were city-states, which they lived in strife. Wars were fought systematically, in order to solidify the power of the clergy. In this context, a war was deflagrated against Florence, promoted by the Vatican, for there were many interests of political composition, dominance, hegemony and economic supremacy.
Leonardo facing this situation, after serving the powerful others, as the Borgia, for example, just moving to Milan, had offered his services to the Duke Ludovico Sforza. Just to get an idea of the talents of Leonardo, he presents his resume as primarily military engineer, as he liked to be recognized, Architect, Builder Weapons, inventor, musician and at the end of the list of qualifications is painter and this is just his ability is that Duke engages him. Ludovico became the new protector of Leonardo.
Among the many works that Leonardo executed custom Ludovico is the "Last Supper." The work should decorate the refectory of the Convent of Santa Maria delle Grazie. The work began in 1495 and was completed in 1497. In reality it did not complete. By the way, no work of Leonardo, except St. John and baby Jesus was completed. Were several lawsuits filed against Leonardo because he did not fulfill contract. Leonardo spoke "creation is divine, execution is slavish!"
The Last Supper was painted on the walls of the hall and Leonardo developed a new technique. It is often said that it is a fresco, but in reality a fresco is a painting done on a layer of newly applied plaster still wet. This technique does not allow error and touches later. As Leonardo was primarily a perfectionist, he wanted a technique that could shorten the drying process of the ink
This does not mean he was not an expert, but he wanted the drying delay to execute the work with the greatest perfection imagined. So he developed certain dyes and pigments that have been shown ineffective in relation to conservation. The fresco has been constantly attacked by the action of fungi that decompose, requiring constant maintenance and restoration. Disrespect for art is not a fact that occurs only in our days. Note that, by the need to create a passage for a next room, was opened and then closed the door just about painting, destroying forever a part of the base. A similar fact occurred with the Mona Lisa, which is a painting done on wood panel, which had the sides sawn.
Let us now turn to analyze the picture presented. We see that the figure of Christ is placed exactly in the center and if we trace two perpendicular lines, projecting the vanishing point, we have this convergence point exactly on the right eye of Christ.
Thus we have the picture, with Christ at the center position and the apostles distributed on both sides. Around Christ is formed a circle passing through the arc of the door at the back, forming a triangle with the apex up ward and the other with the apex downwards. In the book "The Da Vinci Code", Dan Brown speaks of these symbols in a simplistic way, relating them to the masculine principles, personified by the figure of Christ, and the female, formed between him and John standing right beside him ?.
As John's features are feminine Dan Brown claims to be Mary Magdalene, who had been his wife and mother of his daughter Sara, giving rise to the dynasty of the Merovingian, the first kings francs (?). He argues that even Jesus to be a Rabbi, could not be single, and would necessarily have to be married. This is true among the Pharisees, but if we consider Jesus as Essene it would not be a fact, because the Essenes took vows of chastity and poverty of course he could not be married. (See studies on Essenes in the Dead Sea Scrolls).
But that does not interest to the narrative of Dan Brown, because it would invalidate the book. Dan Brown is a researcher and I believe he has hisknowledge, but I also believe that it is not interested because it contradicts with their commercial interest, because the truth does not sell. This symbolism is represented with two triangles with opposite vertices, is actually very deep, being present in different traditions such as Vedic and Hebrew, which presents two interlocking triangles, forming the six-pointed star.
The six-pointed star, although it is known as the Star of David or Seal of Solomon is present five thousand years ago in the Vedas This symbol contains hermetic principles, such as correspondence, the polarity, as well as the sex and this cannot be reduced simply to a phallic reference. We are not depreciating the work of Dan Brown and recognize who never spoke much about these matters. These works have never been as visited as it is today and this in itself already has its importance, but we have to put things in their right places.
We can relate the triangle with vertex upwards (upper triad=Spirit), containing the principles Will, Wisdom and Mind (Consciousness). The triangle with the apex downwards relates to the matter (unconsciousness). Thus when the two overlapping triangles results in the manifestation of life.
It is the projection of spirit into matter, as we can also see in the painting of Narcissus (below right), by Caravaggio, where he falls in love with his own image reflected in the mirror of water, going to deny its divine origin and losing in the webs of illusion of the world of things, which is transitory, local and temporal. The world of things is composed of the four elements (Fire, Air, Water and Earth).
The combination of the three higher attributes mathematically generates the four material elements.
Let's see. By combining the primary elements, i.e., "A", "B" and "C", produce the four elements, where "A" is associated with "B", "A" is associated with "C", "B "associates with" C "," A "is associated with" B "and" C ".
Thus we have four secondary elements. We also make an analogy with the primary colors, which are blue, yellow and red, that combined together form the four secondary colors, constituting the structure of the septenary manifestation (seven colors of the prism, seven musical notes, seven days a week seven deadly sins, etc...).
Thus, the higher will generate the ternary quaternary, with a combination of three with four, resulting in the twelve that reflect the different basic types of energy, or twelve human archetypes.
The three, four, seven and twelve numbers are sacred numbers, since summarize the constitution of the universe.
The pyramid, for example, is a splendid symbol, it is the ternary seated on a quaternary basis (I and II).
If we look at the pyramid over its apex, we shall see the division four equal parts (III). If these parts are opened (IV) will produce 12 angles (combinatorial analysis 3 of 4).
This results in the Maltese cross, or Templar cross (V), where the center is located the eye of God, who sees everything (omniscience), precisely the right eye of Christ, who is the central vanishing point in Leonardo painting (ternary on the quaternary).
In astrology there are three primary types (come Primary Cause is the Absolute = Universal) and four secondary. The three primary types show human behavior. The secondary indicate the human temperament. Human behavior is determined by the mode of expression (Cardinal, or the one who initiates an action. The fixed stabilizes the action. The mutable amend the action). It´s is the gunas of the Vedic tradition: Rajas, Tamas and Sattva, which make up matter.
We can represent these correlations through the diagram below, where the archetypes are formed considering the kinetic and static manifestation of matter and its modulation with three forms of behavior, producing the twelve basic types of temperaments, according to the diagram:
We speak of the qualifications of Leonardo that among them he held the astrological knowledge. It is precisely this knowledge that is being revealed in his work. He had deep knowledge of archetypes, detailing its characteristics, perfectly demonstrating the zodiac with the twelve signs of the Sun (Christ) as the center of events and creation, which becomes more evident if we observe that the apostles were arranged in four groups of three.
Thus, we have four groups, linking them to the four seasons of the year with an apostle for each sign.
Each station has three months and consequently three signs, starting in the spring, which is the vernal equinox in the northern hemisphere, with the months of March, April and May, related to Aries, Taurus and Gemini. The summer, with the months of June, July and August, related to Cancer, Leo and Virgo. The autumn, with the months of September, October and November, related to Libra, Scorpio and Sagittarius and winter, including December, January and February, related to Capricorn, Aquarius and Pisces.
Another way to demonstrate this is the figure we see a three-dimensional form, with the figure of Christ and the apostles to the center divided in the ecliptic (the Sun's equator).
In the zodiacal wheel, we have divided the signs forming axes, where a sign has his virtuous characteristics, and the difficulties are experienced in the sign placed in opposition. This refers to the principle of polarity, which says that everything has two poles, and they are similar in nature, varying; however the degree and that these polarities can be reconcilable (The Kybalion - Hermes Trismegistus).
To overcome the difficulties represented by shadow, there to seek the virtues that which is light, located in their opposition.
In reality what must determine between the two poles is the search for balance, i.e., the central point is that the figure of Christ. It is to live the way of temperance, the middle path. The consciousness.
Associating the different disciples (nominated by Leonardo himself), we have the representation in the figure below:
Jesus opens his left hand upward, feeding those placed his left. Are the seasons of spring and summer, where there is the birth and growth. The right hand side down in an act of absorption of energy and experiences accumulated by the autumn and winter seasons, related to maturity and death. This demonstrates the zodiacal cycle of birth and death. It is noted that the same correlation is made in that the light is projected to the left and the right shade Christ. The same polar duality is also represented in the mantle of Jesus delimiting the two hemispheres.
At the head of the table, to the extreme left side of Christ, we have the figure of Simon, representing Aries. Leonardo represents in the order of left to right, since the signs, as seen from the earth moving anti-clockwise.
Aries, the sign that opens the zodiac, is the pioneering characteristics, leadership, initiative, and this is exactly the role demonstrated by Simon, sit at the head table. Aries rules the head and the head of Simon are displayed prominently. The position of Simon's ascendancy over the others. But not only is the position occupied by Simon Aries denoting this role but what the theme suggests, because everything results from something spoken by Simon, as the other apostles are commenting, arguing and watching Simon himself, it was told.
If Aries is related to the self, the personality, Libra corresponds to the other, the relationship and the satisfaction of the need of the partner.
It is ideal for Libra living relationship in an atmosphere of peace, beauty, balance and harmony. The figure of John, diametrically opposed to Simon receives and absorbs the full impact of what was spoken, causing it to assume a posture of submission and retirement. John's hands are placed in position reconciliation. The figure actually has a female face, because Libra, seeking harmony is associated with receptive condition. The garment also refers to balance, in that is divided in two colors. Libra is ruled by Venus and Aries by Mars. This is the axis of individuality, and Aries representing the personification of the psychological ego and Libra the other with whom the ego relates.
Next we have Judas Thaddaeus. It is related to the sign of Taurus. Taurus is characterized by personal values, possessions, to have. Taurus has the need to develop a solid structure, have support. In the painting we see that is the only apostle to lean on the table, put the left arm using the table as a shield. The size of the Taurus is solid, strong. Taurus rules the neck and throat and this is very evident in the painting. The attitude of Judas is prudence. He argues and accepted.
This is the value axis and power, having one side of Taurus and Scorpio on the other.
Scorpio is represented by Judas Iscariot. Scorpio relates to the values of the other, the collective values. Judas, for he was treasurer of the group. Scorpio is the sign of the depths, transformation, regeneration or death. Ruled by Pluto or Hades, represents all that is profound and transformative. The role of Judas Iscariot, as misinterpreted by the Christian traditions, was critical to the tragic outcome of the drama that is the passion and resurrection. Judas Iscariot somehow was the most loyal of the apostles, because he did fulfill the scriptures. He took the most painful mission of the group fulfilling the order to terminate the Sinedrion following the proper order of Jesus, when he said, "Judas, would you betray the Son of Man with a kiss? (Luke 22:48).
Actually Scorpio is the dynamo of the Zodiac, because it determines the transformation processes necessary for evolution of life. Judas Iscariot in the painting is presented as a spectator, watching the unfolding drama, examining the course of events. These are characteristics of Scorpio. Deeply analyzes, traces the strategies and act at the right time, accurately.
Next we have Matthew, related to Gemini whose ruler is Mercury. Gemini is related to the whole mental process and communication. The mental concrete, the process of accumulation of cognitive and applied knowledge to material reality. The natives of Gemini are slender and agile, jovial, looking curious and considering all possible variables facing situations. They can be considered, sometimes contradictory, unstable, and fickle. Matthew demonstrates some of these features.
He is communicating with Simon, looking at him, but arguing with hands and arms as if he had considering all aspects of what was said. May also appear an ambiguity between what was said and what the group thinks. As Gemini is related to communication and speech relates anatomically to the shoulders, arms and hands and this is what we also noted the figure of Matthew, who is also considered the reporter of Christ, like Mercury (Hermes), the messenger of Jupiter (Zeus).
We have here the axis of knowledge and wisdom. Peter opposes Matthew, representing Sagittarius. It is the sign associated with religion.
Sagittarius governs the higher subjects, abstract knowledge and spontaneously puts into the unknown. Sometimes it is brutish and can express themselves with excessive frankness. This corresponds to the spirit of Peter, who founded the Church, or the Christian religion, with Paul (Saulo de Tarsus).
The faith when taken to its ultimate consequences may be blind and in his defense all can be allowed. Peter's hand is holding a knife to defend his own ideals, not in a threatening attitude to John, by some want to believe, even argued by Dan Brown. Sagittarius, the centaur wields the bow with the arrow to be thrown. Anatomically Sagittarius governs the hips and this is evident in the painting. The right hand rests on it. The disposition of the body of Peter remembers the design of the symbol of Sagittarius.
In the sequel we have Philip, associated to Cancer.
Here we come to the bottom of the Zodiac, or Imum Coeli (Latin for "bottom of the sky"), is the axial point of the unconscious corresponding to all devotional manifestation, the maternal feeling, the origins and traditions. This relates to home and family and Philip embodies this archetype.
With distinctly feminine face, Philip takes his two hands to his chest, as if calling everyone as children to be reconciled. Indeed, precisely Cancer governs the breasts, stomach and uterus. Hands with arms also form a figure that resembles the claws of the crab is the cancer itself.
This is the time axis, with the past and destiny. The past is associated to cancer, the mother, and the future (Capricorn) with father. So Capricorn governs the destination, i.e., what we seek as a career, as the goal of life and social role as we seek and desire recognition. It concerns the authority.
So, Andrew as Capricorn is clearly a Capricorn attitude. Capricorn is cautious and practical and could be cold and pessimistic. As Philip says "come to me," Andrew seems to say "depart from me", because to assume the responsibilities is to calculate and plan what should be done.
Capricorn corresponds anatomically to the entire bone structure, knees, skin. In painting Andrew is the one who has hands with bony fingers, demonstrating the bone structure.
Alongside Philip, we see James the Less, related to Lion.
Leo is sovereign. Charismatic, flashy, creative, dramatic, seeks recognition through the exhibition. It is ruled by the Sun and radiates its light.
Leo governs the heart that is analogous to body sun. These characteristics are clearly incorporated to James Minor. Surely he is the most beautiful scenic figure painting. James to take the attitude of open arms, exposing the light, standing next to Christ himself.
Demonstrates an open chest, the heart of generosity, a typically leonine behavior, which sometimes comes to be naive and centered on vanity and self-centeredness.
This is the axis of the power of creation. If Leo is the maintenance of creation, Aquarius is change and renewal which is also creation. Leo governs the power of the king, the monarch. Aquariums are the collective power, the group, society. This axis is that occur the struggle for power.
Aquarius, with Uranus the ruler promotes all sorts of abrupt changes, meaning always drastic changes. Often in the name of innovation is deposed monarch for the establishment of a new regime, to then become similar with the previous model. It is what is observed with the Aquarian revolutions like the French Revolution, with the deposition of Louis XVI. Napoleon was later crowned as emperor (Leo). Recently, we have the Cuban Revolution, with the deposition of Dictator Fulgencio Batista and Fidel ruling as King-Dictator.
Aquarius is associated in this way, the actions of libertarian, to rebellion, radicalism because it is engaged with human values, such as progressive values, but it is impersonal.
Analyzing the figure of James the Greater, we see that it does not appear in the foreground. He does not expose himself alone, but through the group, through diplomacy and see: Aquarius is the sign of friendship and we see James hugging Andrew and Peter, demonstrating that the strength comes from the group and not on individual attitudes.
Finally, we have Thomas, representing the Virgin.
The Virgo is related to the practicality, analysis and criticism. It also ruled by Mercury, but here the mental focuses on utilitarian and practical application to be given to all things. For that reason they questioned him, details and discriminate. Virgos is in extreme need to feel useful and provide their service, but to do so he needs to understand the cause of things. Within these characteristics we see the figure of Thomas. Thomas needs to see to believe.
Thomas in his act of inquisitor asks to Christ himself, in that puts her right in front of Jesus forefinger. As Virgo tends toward shyness and humility, Thomas is also placed in a position away from the table.
This is the axis of the serve, having Virgin correspond to service pragmatic and Pisces, the humanist service, sometimes not very clear andperceptible, which may lead Pisces to live in a state of unreality.
Pisces is associated with the dreamer inspiration and understanding. Are compassionate, emotional, intuitive and romantic, but for this state of contemplation, if not well channeled,can lead to evasion and fanciful attitudes, having difficulty perceiving reality.
Bartholomew the Apostle is which closes the zodiacal circle. He is on the other side of the table. It clearly demonstrates the Piscean characteristics. It seems that his vision is directed to a point that goes beyond the environment portrayed, a point diffuse and may not realize exactly what is going on. Does not speak, only observes, contemplates and accepts. Pisces rules the feet are just his feet, interlaced, which are illuminated under the table. Pisces has great intuitive potential, but needs to know how he can transform his nature, his sense of serving humanity in a more practical and constructive way.
Thus we come complete cycle of the zodiac, sounding clear that the message displayed in this painting, as in other works of genius. It conveys much more than seemingly suggests.
True knowledge was hidden in encrypted form by the need to preserve it, protecting it from the misunderstanding of those who thought they possessed the truth. What is hidden, veiled, does not mean it is not to be seen. It is only unveiled to those with eyes to see. Leonardo leaves us that genuine arcane wisdom was, is and will be the knowledge which guides humanity toward enlightenment through awareness.
Astrology, by the psychological approach is a process that allows us to analyze, understanding paradoxes, our conflicts, our shadow, our projections, and perhaps, through self-knowledge, doing the reintegration of contents for consciousness, so we can promote the process of transforming into true human, and better integrated with the sacred.
The path continues to be followed.
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