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18 julho 2014
IMAGENS COM ALGO MAIS
Objeto poético e mensagem
Assim como todos possuem uma maneira de olhar e ver o mundo também temos uma maneira "dizer" algo que nos é própria, podemos desenvolver um gosto próprio, um tipo de pensamento e uma lógica que nos são igualmente próprios.
Desta forma, eu posso desenvolver um modo (técnico) e distinto para expressar de modo plástico, gráfico, sentimentos e pensamentos, estados de espírito e sensações, que constituem o meu discurso próprio sobre o mundo em que vivo.
Para que isso se torne real é necessário um fazer repetitivo (prática) que avance até o ponto em que a matéria plastica seja conformada pela técnica para que expresse o que penso e como vejo o mundo.
A técnica dever ser exercitada muitas vezes, até alcançar um padrão tal que exprima o discurso, a ideia que quero apresentar.
Aqui todo objeto deve ser lindamente bem feito e perfeitamente acabado, de modo que todos reconheçam o que ele diz. Ai se encontra o objeto poético, que todos podemos reconhecer como ocupando um espaço particular dentro do expectador e no mundo.
Aqui intervém a forma que vamos usar para mostrar essa ideia seja figurativa ou abstrata.
A abstração que nos liberta da representação (a representação sempre tem um peso, um fardo quem vem do passado e dos grandes artistas que construíram a arte) mas para isso temos que colocar no lugar algo apresente uma linguagem com significado próprio, forte o suficiente para se sustentar.
Outro quesito é a escala do que que quero mostrar, e a escala pode ir do minimo ao monumental, passando por todos os tamanhos intermediários.
Além disso devo pensar também no tempo que esse "objeto" vai "agir" sobre o expectador-fruidor, e o espaço em que vai receber esse objeto e com o qual vai interagir.
Todos esses fatores se acumulam no momento único no qual o expectador se relaciona com esse objeto poético.
A partir de todos esses fatores acima se descobre a linguagem artística com a qual posso apresentar o objeto-discurso.
Todo o objeto de arte vem de uma ansiedade de expressar, de ver (tanto do artista como do expectador), e essa ansiedade deve ser trabalhada através da auto-reflexão. Logo, o objeto deve abrir uma porta para auto-reflexão, a fim de que se alcance o sentido e o significado (caso exista).
O objeto poético nem sempre provém do atual, pois a novidade nem sempre vem de algo novo mas pode vir de algo antigo, velho, arcaico. A novidade vem da escavação, de camadas passadas, do sedimento... A novidade vem do exercício e da falha, da continua falha que nos mantém investigando e experimentando para que o fluxo de ideias aconteça e o aprendizado se concretize.
17 julho 2014
14 julho 2014
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