INÍCIO

20 julho 2024

COMO RECONHECER A EXTREMA DIREITA

COMO RECONHECER A EXTREMA-DIREITA


Há um método que não falha, basta ver suas pautas e valores.

No Brasil a extrema-direita é facilmente identificada pelo conservadorismo, pela adoção dos valores de uma elite “extrativista e exploradora do trabalho”, populismo, neopentecostalismo distorcido, por um patriotismo anacrônico e racista, pela misoginia, homofobia, machismo, pela exacerbação do patriarcado.

São sempre são contra aos avanços sociais,

Se opõem ao aumento do salário mínimo,

São contra ao aumento das aposentadorias,

Se opõem a reduzir a precarização do trabalho,

Se opõem a renda mínima vital dizendo que é mamata,

São contra a tributação justa, ou seja, são contra a taxação de grandes fortunas,

São contra as políticas de igualdade entre homens e mulheres,

Negam a evidência científica de que estamos diante de uma emergência climática.

Negam toda evidência científica de que vacinas previnem doenças.

E quando não conseguem bloquear ou impedir esses avanços por vias democráticas, porque a população lhes ignora, o que fazem é se opor á democracia e recorrer ao ataque as instituições democráticas.

Basicamente o grupo que mais se identifica com todas essas características são a classe média e a elite brasileira.

(Baseado num frase de Pedro Sánchez, primeiro-ministro da Espanha, 2024 que me fez pensar em caracterizar o fascismo brasileiro).

Trabalhar menos

Trabalhar todos

Produzir o necessário (produzir para a satisfação das necessidades)

Redistribuir tudo (compartilhar os produtos do trabalho coletivo).

A MÍDIA ENVIEZADA

TEIME, MEU FILHO, TEIME!

Texto de Dante Lucchesi

A mídia não criou nenhum apelido popular, em “ão”, como mensalão, petrolão, para as chamadas de capa ao noticiar a ladroagem do genocida e sua quadrilha. Não tem recursos gráficos, imagens escuras, rostos caricaturais, dinheiro jorrando de canos, nada... 

Os jornais e portais usam a palavra, “desvio”, como se fosse um vaso que o genocida e sua quadrilha tiraram da sala e puseram no corredor, um lugar indevido. Desvio é isso. Não há página inteira de jornal com fotos da quadrilha, como ostentavam as fotos de Lula, Dilma, líderes do PT ligando-os a malas de dinheiro. 

O que o genocida e sua quadrilha cometeram foi roubo, apropriação de bens da União, bens esses que têm toda cara de propina pela entrega de refinarias do país aos árabes em privatarias mais do que escusas. No relatório da PF, o genocida é identificado como “chefe de uma organização criminosa” e, nesse caso, não se trata de uma peça de propaganda para incriminá-lo, como foi o power point do lavajateiro corrupto, Deltan Dallagnol. 

Juristas sérios, que defendem o devido processo legal, como Pedro Serrano, Kakay, Augusto Botelho, dizem que o relatório da PF tem uma grande quantidade de provas, é técnico, resultado de um trabalho de investigação mesmo. 

Diferentemente das acusações contra Lula, José Dirceu e outras lideranças do PT, até D. Marisa, a PF reuniu provas, não se baseou somente em delações premiadas. Há a materialidade das provas (recibos, fotos, movimentação financeira). Ninguém foi coagido a delatar imputando falso crime ao genocida. 

Os delatores, como Mauro Cid, foram participantes dos crimes, têm suas digitais neles. O próprio genocida assumiu que não só sabia, como também esteve envolvido nas negociatas com as joias. 

Nada disso é suficiente para a mídia oligárquica fazer jornalismo e chamar o crime pelo seu nome: roubo do patrimônio da União. Não há uma só matéria investigativa de repórteres. O JN nacional, que dava meia hora de matérias sobre o mensalão, a lava jato, todo santíssimo dia, deu menos de quatro minutos para a denúncia da PF sobre o roubo das joias. 

Se o genocida, um punguista de quinta, e sua familícia roubaram joias, imaginem o que não fizeram Paulo Guedes (raposa do mercado financeiro que tinha a chave do cofre e um contínuo seu no BC) e as forças armadas? 

Cadê general Heleno, general Braga Netto e outros copa e cozinha com o genocida? 

Não podemos esquecer que o avião presidencial foi usado para transportar não só joias roubadas, mas também 39kg de cocaína. O que mais traficaram aproveitando-se da imunidade diplomática, em que aeronaves presidenciais não são revistadas, malas não passam por controle como as os simples mortais em aeroportos? 

A mídia está preservando completamente o genocida porque é preciso continuar a deixar o governo Lula nas cordas, é preciso impedir o desenvolvimento do país, é preciso alimentar o monstro da “polarização”, com um fascismo ultravitaminado. Sem pressão midiática, o genocida e sua quadrilha vão se safar. 

O PGR está inventando mil e uma desculpas para não fazer logo a acusação do genocida. Ignorou, com aquela cara de patolino, o relatório da CPI da covid. Alexandre de Moraes protela ad infinitum os inquéritos do golpe (até hoje não se chegou aos grandes financiadores e à cúpula das forças armadas) e das fake news. 

O negócio é que, para essas oligarquias midiáticas, jurídicas, enquanto o fascista cara de chapisco, Tarcísio de Freitas, precisar do genocida para se firmar como “terceira via”, o genocida e sua quadrilha estão a salvo. O genocida será poupado, continuará livre, leve e solto para articular o retorno do ultraliberalismo, que é a face econômica do fascismo, nas eleições, apesar de não ter o mesmo poder de antes. 

É por isso que o governo Lula (nem todos os ministros, of course) é um milagre. Imaginem se o presidente pudesse governar, tendo uma oposição racional, uma mídia comprometida com a informação de fato e com a verdade?

Ontem, no programa Desinformação & Política, o professor Eugênio Bucci falou o óbvio que, como diz Clarice Lispector, é a verdade mais difícil de enxergar. No contexto atual, a desinformação, com tudo que isso representa, incluindo a cultura do ódio, é o verdadeiro poder. 

Estamos sob o jugo da desinformação, da bestialização do público, da normalização do fascismo. 

Mesmo assim, Lula consegue mover-se nesse lodo e fazer o país avançar, enfrentando inclusive o antipetismo e o antilulismo de grande parcela do campo progressista. Não é pouco não.





Leia também 








19 julho 2024

RACISMO

RACISMO INOCENTE?
MELHOR PEDIR PERDÃO

¿Racismo inocente?, mejor pedir perdón.

Artigo de José Luis Lanao (*)
18 de julio de 2024 - 00:01
Artigo original AQUI

A respeito do canto infeliz dos jogadores após a vitória na Copa América que repercutiu na França e no Chelsea, clube de Enzo Fernández.

O racismo é uma lente que nos faz valorizar a vida de diferentes maneiras, com base na cor, no dinheiro, na origem ou em qualquer outra característica que consideramos adversa. 
Esta presença do diferente é muitas vezes interpretada como uma ameaça à pureza, à tribo, à nação. É um preconceito irracional muito poderoso. O racismo está na base das teorias insanas da extrema direita. Assim, o diferente é visto como portador de uma impureza que envenena a nossa comunidade, um elemento que distorce os nossos direitos e nos impõe uma visão recheada de perigosas fantasias raciais. 
O vírus do medo e do desprezo pelos outros está a espalhar-se pelo mundo com mais força do que a universalidade do direito ao asilo e ao abrigo.

Sabemos que a seleção de futebol de uma nação é a representação simbólica de um país. Quando vês jogar o onze inicial da Seleção Nacional, sabes que estás a observar a representação do teu país e sabes também que o mundo inteiro o assumirá como tal. Se forem onze brancos, essa será a representação simbólica do seu país, e se for um time diverso, seu país também será diverso, seja você quem for e em quem você vote.

Agora que somos atacados por fantasmas esquecidos, um grupo de jogadores da Seleção Argentina irrompe e entoa cantos racistas: “Ouçam, correm a bola, vocês jogam na França, mas são todos angolanos”. “A senhora dele é nigeriana; seu velho, camaronês. Mas no documento, nacionalidade francesa.” O refrão refere-se à origem étnica de alguns jogadores franceses, incluindo Kylian Mbappé. Algo inaceitável. Com o qual está caindo. Hoje há muito ódio, muita dor, muito de tudo. A simplicidade do texto aponta a migração como culpada do declínio do Ocidente (a história da extrema direita internacional), da perda de pureza, daquilo que Trump aponta como a contaminação do sangue. Essa bunkerização na imposição de um “nós” através de bodes expiatórios que ameaçam o nosso bem-estar, as nossas identidades, os nossos valores. 
Vamos parar de ser inocentes. O corte abrupto do vídeo demonstra a necessidade de apagar os vestígios do crime. Sim, do crime de ódio que promoveu a Federação Francesa de Futebol.

A luta contra o racismo, que em teoria poderia ser explicada como uma defesa da liberdade, consiste em evitar o sofrimento dos outros, e não em alimentá-lo; em desmantelar seu impulso, não em elevá-lo; em insultá-lo, não em normalizá-lo. Existe um racismo que idolatra a violência e os seus prazeres coercivos e que se manifesta na necessidade de satisfazer um estímulo obsessivo de superioridade. É o turbilhão pós-moderno do individualismo neoliberal que converge numa visão de liberdade alheia aos imperativos sociais, longe de ser compreendida e pensada através de outros. Um mundo onde as formas éticas, a solidariedade e a cidadania estão enfraquecidas, onde o próprio pensamento, a reflexão, a moderação e a racionalidade desaparecem.

A face do diferente define o início da ética. Não há exercício mais difícil, e talvez mais essencialmente humano, do que perguntar sobre as necessidades e emoções dos outros. O direito de emigrar é um direito fundamental em vigor. É também o mais antigo dos direitos humanos, tendo sido formulado pela primeira vez no século XVI por Francisco de Vitória. Estrangeiro é uma palavra bonita se ninguém o obriga a ser um. A Seleção Argentina deve saber disso, pedir perdão e ter um enorme respeito por aqueles que, longe de seus países, lutam diariamente para seguir em frente com suas vidas.


Artigo original (espanhol) 

A propósito del desafortunado cántico de los jugadores tras el triunfo en la Copa América que resonó en Francia y en Chelsea, club de Enzo Fernández.

Artigo de José Luis Lanao (*)
18 de julio de 2024 - 00:01
Artigo original AQUI

(Fuente: AFP)

El racismo es una lente que hace que valoremos las vidas de formas distintas, en función del color, el dinero, el origen o cualquier otra característica que percibamos como adversa. Esa presencia del diferente se interpreta demasiado a menudo como una amenaza a la pureza, a la tribu, a la nación. Es un prejuicio irracional muy poderoso. El racismo está en la base de las dementes teorías de la ultraderecha. Así, se ve al diferente como portador de una impureza que envenena nuestra comunidad, un elemento que distorsiona nuestros derechos y nos impone una visión trufada de peligrosas fantasías raciales. El virus del miedo y el desprecio al otro se expanden por el mundo con más fuerza que la universalidad del derecho de asilo y de cobijo.

Sabemos que el equipo de fútbol de una nación es la representación simbólica de un país. Cuando ves jugar al once titular de la Selección sabés que estás viendo la representación de tu país y sabés, además, que el mundo entero lo asumirá como tal. Si son once tipos blancos, esa será la representación simbólica de tu país, y si es un equipo diverso, tu país lo será también, seas quien seas y votes a quien votes.

Ahora que nos atruenan fantasmas olvidados, un grupo de jugadores de la Selección Argentina se desatan y entonan cánticos racistas: “Escuchen, corran la bola, juegan en Francia, pero son todos de Angola”. “Su vieja es nigeriana; su viejo, camerunés. Pero en el documento, nacionalidad francés”. El estribillo hace referencia al origen étnico de algunos jugadores franceses, incluido Kylian Mbappé. Algo inadmisible. Con la que está cayendo. Hoy hay demasiado odio, demasiado dolor, demasiado de todo. La simpleza del texto señala a la migración como culpables del declive de Occidente (el relato de la ultraderecha internacional), de la pérdida de la pureza, de lo que Trump señala como la contaminación de la sangre. Esa bunkerización en la imposición de un “nosotros” a través de chivos expiatorios que amenazan nuestro bienestar, nuestras identidades, nuestros valores. Dejémonos de inocencias. El corte brusco del video demuestra la necesidad de borrar las huellas del delito. Sí, del delito de odio que impulsara a la Federación Francesa de Fútbol.

La batalla contra el racismo, que en teoría se podría explicar como defensa de la libertad, consiste en evitar el sufrimiento de los demás, no en alimentarlo; en desmontar su pulsión, no en elevarla; en denostarlo, no en normalizarlo. Hay un racismo que idolatra la violencia y sus placeres coercitivos y que se manifiesta en la necesidad de satisfacer un estimulo obsesivo de superioridad. Es la vorágine posmoderna del individualismo neoliberal que confluye en una visión de la libertad ajena a los imperativos sociales, lejos de entenderse y de pensarse a través de los demás. Un mundo donde se debilitan las formas éticas, de solidaridad y de ciudadanía, donde desaparece el pensamiento propio, la reflexión, la mesura y la racionalidad.

El rostro del diferente define el comienzo de la ética. No hay ejercicio más difícil -y quizás, más esencialmente humano- que preguntarse por las necesidades y emociones del otro. El derecho a emigrar es un derecho fundamental vigente. Es también el más antiguo de los derechos humanos, al haber sido formulado por primera vez en el siglo XVI por Francisco de Vitoria. Extranjero es una hermosa palabra si nadie te obliga a serlo. La Selección Argentina debe saberlo, pedir perdón, y tener un enorme respeto por aquellos, que lejos de sus países, luchan diariamente por sacar adelante sus vidas.


(*) Periodista, exjugador de Vélez, clubes de España y campeón mundial 1979.



Fonte 

A ARTE DE CHRISTOPHER WOOL

CHRISTOPHER WOOL





Christopher Wool é um pintor americano contemporâneo. 

Christopher wool nasceu em 16 de setembro de 1955 em Boston, MA, estudou brevemente no Sarah Lawrence College, mas rapidamente saiu para se matricular na New York Studio School. Contemporâneo de Jean-Michel Basquiat, Julian Schnabel, Cindy Sherman e outros do cenário artístico do centro de Nova York na década de 1980, Wool introduziu técnicas de graffiti em seu trabalho, incorporando posteriormente serigrafias e rolos de pintura.

Em suas pinturas, Wool contrasta texto em negrito ou pinceladas abstratas num fundo branco. Nas obras estampadas, as palavras correm juntas e as quebras (a separação das sílabas não seguem nenhuma regra) chegam às bordas da tela, como pode ser visto em sua obra Apocalypse Now de 1988, que traz a frase: SELL THE HOUSE SELL THE CAR SELL THE KIDS (VENDA A CASA, VENDA O CARRO, VENDA AS CRIANÇAS). 

Segundo Wool, na pintura, a inspiração vem do próprio processo do trabalho, como se a música (fazer o trabalho) fosse uma experiência emocional. 

O trabalho de Christopher Wool foi exibido em inúmeras instituições ao redor do mundo, incluindo o Museu de Arte Contemporânea de Los Angeles, o Gesellschaft für Moderne Kunst no Museum Ludwig em Colônia e o Museu Guggenheim em Nova York. 

Wool atualmente vive e trabalha entre Marfa, TX e Nova York, NY com sua esposa, a pintora Charline von Heyl.